O britânico Pegleg Bennett, de 55 anos, surfa algumas das maiores ondas do planeta mesmo tendo perdido parte da perna ainda na infância. Nascido com uma má-formação no tornozelo esquerdo, ele teve o pé amputado quando ainda era bebê, mas isso não o impediu de entrar no mar e se tornar referência mundial no parasurfe — modalidade voltada para atletas com deficiência.
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Pai de três filhos, Bennett já surfou em locais icônicos como Havaí, Indonésia, Austrália, Japão, Portugal e até no Círculo Polar Ártico. Também representou o Reino Unido em campeonatos internacionais e participou da primeira edição do Mundial de Surfe Adaptado da ISA (Associação Internacional de Surfe), realizada em 2015.
“O oceano é meu lugar feliz. Quando estou pegando uma onda, nada mais importa — sou só eu e aquela onda”, afirmou Bennett em entrevista ao veículo britânico SWNS.
O apelido “Pegleg” — que remete a “perna de pau”, em inglês — foi adotado oficialmente em 2016. Antes disso, Bennett já trabalhava em inovações na área de próteses, adaptando as peças para melhorar o desempenho na prancha. Hoje, usa um modelo feito de fibra de carbono e titânio com articulação especial no tornozelo. “Tenho uma perna específica para o surfe. Com ela, consigo ficar em pé na prancha muito melhor do que antes”, explicou.
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Além de competir, ele também treina novos surfistas com deficiência. Já deu aulas para pessoas com paralisia cerebral, esclerose múltipla, deficiência visual e outras condições. “Se alguém tem uma deficiência e quer pegar ondas, eu faço acontecer. Não acredito em barreiras. Acredito que podemos fazer isso”, afirmou.
Mesmo com o crescimento do parasurfe, a modalidade ficou de fora dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028. No entanto, há expectativa para que ela seja incluída nos Jogos de Brisbane, em 2032, o que abriria novas possibilidades de investimento e visibilidade para atletas como Pegleg.
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