Neurocientistas do laboratório de desenvolvimento auditivo e conectômica da Universidade do Sul da Flórida (USF), nos Estados Unidos, estão inovando ao desenvolver um método avançado de mapeamento cerebral que pode ajudar a esclarecer doenças como Alzheimer, autismo e outras condições relacionadas.
Como os tipos de neurônios e as conexões dos camundongos recém-nascidos são semelhantes aos dos humanos, os pesquisadores criaram uma linha do tempo visual de alta definição usando realidade virtual (RV) e inteligência artificial.
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A pesquisa ganhou repercussão na imprensa brasileira nesta segunda-feira (03). Essa tecnologia de imagem avançada proporciona renderizações 3D detalhadas da formação inicial do cérebro, que são analisadas por modelos de IA para identificar mudanças.
Os pesquisadores estão concentrados no cálice de Held, o maior terminal nervoso do cérebro dos mamíferos, responsável pelo processamento do som. A disfunção auditiva é amplamente reconhecida como causa de sintomas de distúrbios como o autismo, que resultam em comprometimentos sociais e cognitivos.
“O mapa pode nos ajudar a entender distúrbios graves do desenvolvimento que ocorrem quando o cérebro não se desenvolve adequadamente desde o início. Talvez encontremos as chaves para alguns desses distúrbios”, afirmou o Dr. George Spirou, professor de engenharia médica na USF.
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O software de RV desenvolvido por Spirou, com mais de quarenta anos de experiência em pesquisa cerebral, é usado para examinar os neurônios nas imagens e analisar as sinapses onde eles se conectam e comunicam.
O projeto da USF, realizado em colaboração com cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, da Oregon Health & Science University e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, foi parcialmente financiado por uma doação de US$ 3,3 milhões do National Institutes of Health (NIH), principal agência governamental dos Estados Unidos para pesquisa biomédica e saúde pública.
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