O exercício regular durante o tratamento do câncer em estágio avançado é benéfico, de acordo com um estudo realizado em pacientes idosos no Brasil. A pesquisa envolveu 41 pacientes com idade média de 70 anos e foi apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que termina na última terça-feira (04) nos Estados Unidos.
Durante 12 semanas, os pacientes, diagnosticados com câncer, geniturinário e de pulmão, participaram de um programa de atividades físicas que incluía exercícios de resistência e aeróbicos por 3 a 5 horas semanais, divididas em 4 a 6 dias por semana.
Ao final do programa, os pacientes apresentaram uma redução significativa nos níveis de depressão e ansiedade. Além disso, houve melhorias no estado físico, como diminuição de dores, fadiga e náuseas. Os exercícios também ajudaram a mitigar os efeitos colaterais do tratamento do câncer.
“Concluímos que, em conformidade com a literatura médica recente, é crucial incentivar os pacientes a se manterem fisicamente ativos, preferencialmente com a prática de exercícios, independentemente da idade ou estágio da doença. Obviamente, essa recomendação deve ser validada e supervisionada pelo médico responsável pelo caso”, afirmou o oncologista Paulo Bergerot, coordenador do estudo.
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Bergerot enfatizou que o estudo reforça a recomendação de atividade física para pacientes com câncer e destaca a importância de desenvolver programas acessíveis e personalizados, especialmente para a população idosa.
“Até alguns anos atrás, acreditava-se que pacientes em tratamento de câncer deveriam descansar e evitar atividades. Estudos como este ajudam a quebrar esse paradigma”, ressaltou Bergerot.
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