Em um novo experimento, cientistas mergulharam fundo no funcionamento do sistema imunológico humano frente ao SARS-CoV-2, revelando descobertas que poderiam moldar o futuro dos tratamentos e vacinas contra a COVID-19. Realizado sob rigorosos protocolos em ambientes hospitalares controlados, o estudo pioneiro de infecção humana controlada mostrou como alguns indivíduos resistem à infecção, mesmo em face de uma exposição direta ao vírus.
++ Estudantes criam soprador de folhas silencioso e eficiente que atrai multinacional
Publicado na revista científica Nature Medicine nesta semana, o estudo acompanhou de perto 36 participantes, todos jovens e saudáveis, que optaram voluntariamente por inalar ao vírus. O monitoramento intensivo, incluindo coletas frequentes de sangue e material nasal, revelou uma linha do tempo detalhada dos eventos imunológicos desde o momento da exposição.
Uma das descobertas mais importantes foi o papel de certos genes, especialmente os do complexo HLA, que ajudam o corpo a identificar e combater vírus. Algumas pessoas com uma mutação específica nesses genes conseguem eliminar o vírus rapidamente, antes que ele cause sintomas. Isso acontece porque esses genes ajudam a ativar rapidamente o sistema imunológico.
++ Empresa cria sistema para prever terremotos por meio do comportamento dos cães
Marko Nikolić, coautor do estudo e professor de medicina respiratória na University College London, destacou a importância dessas descobertas: “Agora temos uma compreensão mais profunda dos eventos iniciais que determinam se o vírus se estabelece ou é eliminado rapidamente. Isso pode abrir caminho para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas que mimetizem essas respostas naturais de proteção”.
Além dos genes, o estudo também descobriu que algumas células do sistema imunológico, especialmente as presentes nas mucosas, são ativadas rapidamente, enquanto outras células inflamatórias, que geralmente destroem patógenos, são reduzidas. Isso mostra um mecanismo sofisticado de defesa que pode ser crucial para evitar a infecção.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.