A combinação de consumo de álcool e a pressão reduzida na cabine de aviões pode comprometer a saúde cardíaca dos passageiros, especialmente em voos de longa duração. Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Thorax.
De acordo com a pesquisa, essa dupla pode diminuir significativamente a quantidade de oxigênio no sangue e aumentar a frequência cardíaca por um período prolongado, afetando até mesmo jovens saudáveis. O assunto repercutiu na imprensa brasileira nesta semana.
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Os efeitos são potencializados pelo aumento no consumo de álcool, com um impacto ainda mais pronunciado em passageiros mais velhos e aqueles com condições médicas pré-existentes.
Diante disso, os pesquisadores sugerem a necessidade de considerar a restrição do acesso ao álcool a bordo de voos longos. No estudo, 48 participantes, com idades entre 18 e 40 anos, foram divididos aleatoriamente em dois grupos.
Um grupo permaneceu em um laboratório de sono sob condições normais de pressão atmosférica (nível do mar), enquanto o outro grupo ficou em uma câmara que simulava a pressão de uma cabine de avião em altitude de cruzeiro.
Doze pessoas em cada grupo dormiram por quatro horas sem consumir álcool, enquanto as outras 12 dormiram após consumir álcool. Os participantes beberam o equivalente a duas latas de cerveja (5%) ou dois copos de vinho (175 ml, 12%) em vodka pura às 23h15, com monitoramento contínuo até as 4h.
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A combinação de álcool e pressão simulada de cabine resultou em uma queda na saturação de oxigênio para uma média de 85% e um aumento na frequência cardíaca para quase 88 batimentos por minuto durante o sono.
Em comparação, a saturação de oxigênio foi de 88% e a frequência cardíaca foi de 73 batimentos por minuto entre aqueles que dormiram na câmara de altitude sem consumir álcool.
Os pesquisadores destacam que, embora a amostra seja pequena e composta por jovens saudáveis, os resultados sugerem que a combinação de álcool e pressão de cabine pode representar uma pressão considerável sobre o sistema cardíaco.
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