Dados do Ministério da Saúde revelaram que, entre janeiro e agosto de 2023, 28 pessoas por dia sofreram amputações de membros inferiores devido ao diabetes no Brasil. A condição, que envolve infecções e feridas que não cicatrizam, é a principal causa dessa situação. No entanto, um novo tratamento desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) oferece esperança para esses pacientes.
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O tratamento inovador é um hidrogel cicatrizante à base de gengibre-amargo, criado a partir de estudos iniciados em 2015 pelo biólogo e pesquisador do Inpa Carlos Cleomir Pinheiro. Em testes realizados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Manaus, o hidrogel curou 95% dos pacientes com feridas nos pés.
O produto foi patenteado pela empresa Biozer, que pretende industrializar o fitoterápico. O hidrogel atua na hidratação e no desbridamento, removendo tecidos mortos das feridas, e contém zerumbona, um bioativo com propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, analgésicas e vasodilatadoras, que promovem a circulação sanguínea local e aceleram a cicatrização.
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Antes de ser comercializado, o hidrogel passará por novos ensaios clínicos com mais de cem pacientes em Manaus para comprovar sua eficácia e segurança. A expectativa é que o produto esteja disponível no mercado até o final de 2025, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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