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Médica escreve relato tocante após atender bebê de 600 g: “Deu um nó na garganta”

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Um momento profissional se transformou em um turbilhão de lembranças pessoais para a neonatologista Bárbara Abrahão Ferraz, de Belo Horizonte (MG), ao atender uma recém-nascida de apenas 27 semanas e 645 gramas. A bebê foi internada no mesmo leito de UTI neonatal em que, três anos antes, ficou Matias, filho da médica, também nascido prematuro. O reencontro com aquele espaço e com as memórias  motivou um relato comovente que viralizou nas redes sociais.

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“Hoje, levei essa pequena de 27 semanas e 645 g para o mesmo leito em que meu filho ficou internado quando nasceu. Passou um filme na cabeça, deu um nó na garganta, corri para não chorar ali, na frente de todo mundo”, escreveu Bárbara, em publicação acompanhada de uma imagem delicada: o minúsculo pezinho da bebê entre suas mãos.

O desabafo emocionou milhares de pessoas. No texto, a médica compartilha o peso emocional que acompanha mães de prematuros: “Não é fácil deixar seu filho para trás, não é fácil vê-lo recebendo um oxigênio que deveria ser o do ar que você respira, um alimento que deveria ser o que seu corpo produziu para ele. É difícil chegar em casa com a barriga e os braços vazios e o coração ainda mais”.

Matias, seu filho, nasceu com 32 semanas e 3 dias, de forma inesperada e sem causas aparentes. Bárbara conta que perdeu o tampão mucoso e teve a bolsa rompida no mesmo dia. “Foi tudo muito rápido, eu não esperava mesmo”, disse em entrevista à revista Crescer.

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Apesar de atender outros bebês prematuros como neonatologista, ela admite que só compreendeu, de fato, a dor das famílias quando se viu no lugar delas. “Voltar para casa, olhar para a barriga vazia, não ter ninguém ali do seu lado no berço… Tudo isso me deixou muito vulnerável. Eu o via em todos os bebês na hora de entubar, de pegar um acesso venoso. Isso me travava”, relembrou. A experiência a impactou tanto que, ao retornar da licença maternidade, não conseguiu mais atuar na UTI neonatal. Bárbara decidiu mudar de função e passou a atuar na sala de parto e em consultório.

O reencontro com o leito da UTI onde Matias ficou internado mexeu profundamente com a médica. “Ver aquele bebezinho ali, naquele leito em que eu passei 17 dias, foi muito difícil. Eu revivi tudo e tive mesmo que entregar a bebê e sair às pressas, porque ia chorar na frente de todo mundo ali”, revelou. Infelizmente, a bebê de 27 semanas que inspirou o relato não resistiu e faleceu após um quadro de sepse, uma infecção generalizada.

Mesmo diante da tristeza, a médica vê propósito em tudo que viveu. “Hoje, eu entendo o propósito de Deus ao me permitir experienciar o outro lado. Antes de ser neonatologista, sou ‘mãe de CTI’. Que força isso tem! Que força isso me deu!”, escreveu.

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