Zalia Oliva, de 19 anos, emocionou milhões de pessoas nas redes sociais ao compartilhar o momento em que, pela primeira vez, conseguiu mover a perna após ficar dez meses paralisada do pescoço para baixo. O relato foi publicado no TikTok no dia 7 de março de 2025, e viralizou rapidamente.
“Um momento que pareceu o grito do Hozier. Paralisada há 10 meses e hoje movi minha perna sozinha pela primeira vez”, escreveu Zalia na legenda do post.
++ Brasileiro de 16 anos entra para lista dos 100 prodígios do mundo
A jovem ficou tetraplégica após sofrer um grave acidente de carro em abril de 2024, que também vitimou fatalmente seu namorado. “Eu não lembro do acidente, mas minha irmã me contou como foi aquele dia. Meu namorado morreu na hora. Minhas lesões foram catastróficas”, relembrou em entrevista à People.
Zalia passou três meses internada em diferentes hospitais e chegou a ficar um mês em coma. Ela conta que descobriu a paralisia por meio de uma enfermeira, durante uma troca de plantão. “Não ouvi dos meus pais. Foi surreal. E doloroso”, afirmou.
Entre os maiores desafios, o primeiro foi aprender a respirar sem a ajuda de aparelhos. “Lembro da primeira vez que consegui comer, beber e falar depois de seis semanas. Minha mãe e eu choramos quando eu consegui dizer ‘eu te amo’”, compartilhou.
++ Ronaldo desabafa sobre crise na CBF: “Não vemos uma luz no fim do túnel”
O movimento na perna não estava nos planos imediatos da recuperação. “Eu honestamente achava que seriam meus dedos a se moverem primeiro, mas foi meu pé. Senti esperança. Algo vai acontecer”, disse Zalia. Desde então, ela nota pequenos sinais de progresso: “Se eu movo o corpo para frente e para trás, dá pra ver meus músculos da coxa se contraindo. Às vezes, meus pés e pernas se mexem quando eu alongo”.
Apesar das limitações — ela não sente nada do peito para baixo e precisa de ajuda constante —, Zalia tem se apoiado na fé, na família e nas redes sociais. “TikTok me ajudou muito. Não sabia nada sobre lesões medulares antes, agora tenho amigos e seguidores que entendem”, conta.
A caminhada ainda é longa e cheia de altos e baixos. “Tenho dias difíceis, em que choro e fico rude com as pessoas. E dias bons, em que estou motivada. Mas aquele momento foi feliz. Senti que algo mudou. Senti esperança”, declarou.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.