Um acidente aparentemente simples mudou drasticamente a vida de Joseph Bressan, de 10 anos, morador de Pato Branco, no sudoeste do Paraná. Após cair durante uma manobra de skate e ralar o joelho, o menino desenvolveu um quadro grave de infecção generalizada que levou à amputação das duas pernas.
Segundo a mãe, Elisa Bressan, a queda ocorreu enquanto Joseph brincava com amigos na calçada, pouco depois da família se mudar para uma nova casa. “Ele estava muito feliz, tinha feito amizade com todas as crianças da rua. Lavou o machucado, tomou banho, e parecia tudo certo”, contou ao G1.
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Dois dias depois, no entanto, Joseph apresentou febre, agitação e confusão mental. Levado às pressas para a UTI do Hospital Policlínica de Pato Branco, foi diagnosticado com uma infecção provocada pela bactéria Streptococcus do grupo A — transmitida por contato com feridas, gotículas ou superfícies contaminadas.
Segundo o cirurgião vascular André Ampessan Melani, que realizou a operação, o caso se agravou devido à baixa imunidade de Joseph. Seis anos antes, ele havia retirado o baço, órgão importante para o sistema imunológico. O tratamento exigiu o uso de medicamentos que aumentam a pressão arterial, mas que provocaram vasoconstrição e levaram à necrose de tecidos nos membros inferiores. “Foi a primeira e única amputação que realizei em uma criança. Os pés chegaram em um estado de mumificação, sem retorno”, afirmou o médico.
A adaptação à nova realidade foi difícil. “Ele chorava todos os dias. Sofreu muito no começo”, lembrou Elisa. Com o tempo, porém, Joseph passou a aceitar as próteses, adquiridas com a ajuda de doações que somaram R$ 50 mil. “Hoje ele anda bem e já posta fotos mostrando os cotos. Está se aceitando muito bem”, disse a mãe.
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Nas redes sociais, o garoto compartilha sua rotina com leveza e otimismo, inspirando milhares de seguidores com sua história de superação. Ele faz fisioterapia aquática, natação e sonha em competir nas Paralimpíadas.
Apesar dos avanços, a família ainda enfrenta desafios financeiros. O pai precisou deixar o trabalho para cuidar de Joseph em tempo integral, e Elisa descobriu estar grávida durante o período em que o filho estava internado. “Acumulamos muitas dívidas. Só agora estamos começando a nos reerguer”, explicou.
A meta da família agora é garantir a continuidade dos tratamentos e estimular a autonomia do menino: “Queremos ensinar que, mesmo tendo recebido doações no início, a partir de agora vamos trabalhar muito para dar a ele tudo o que precisa”.
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