Pedro Mathias de Souza, de apenas 3 anos, vive atualmente com um coração artificial, chamado Berlin Heart, enquanto aguarda um transplante que pode lhe dar uma nova chance de vida. Nascido com uma rara cardiopatia congênita conhecida como Síndrome da Hipoplasia de Ventrículo Esquerdo, o menino já passou por três cirurgias complexas e segue desafiando as estatísticas.
A mãe de Pedro, a influenciadora digital Juliana Mathias de Souza, 38, conta que o diagnóstico veio ainda durante a gestação, quando ela tinha 24 semanas. “Foi extremamente desafiador. Eu sou fisioterapeuta de formação e trabalhava com crianças cardiopatas em UTI, então já imaginava tudo o que viveríamos lá na frente e isso foi assustador”, recorda à Crescer.
Pedro passou pela primeira cirurgia com apenas quatro dias de vida, a Norwood, e outras intervenções cirúrgicas nos meses seguintes. “A primeira cirurgia foi com apenas quatro dias de vida, chamada de Norwood, considerada uma das mais complexas da cardiologia pediátrica. Já a segunda, chamada Glenn, aconteceu com quatro meses, e foi a próxima etapa desse tratamento cirúrgico”, explica.
Apesar das limitações impostas pela doença, Pedro leva uma vida marcada por momentos de alegria e diversão. “O Pedro teve uma infância marcada por cuidados contínuos e acompanhamento multidisciplinar — com cardiopediatra, neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga. Mas, apesar de todos os desafios, nós sempre fizemos questão de garantir a ele uma infância leve, feliz e sem limitações”, conta a mãe.
No entanto, a piora no quadro de Pedro levou a equipe médica a decidir pelo transplante cardíaco como melhor alternativa. Desde setembro de 2024, ele está na fila de espera por um novo coração. “É um momento que não gostaríamos de estar vivendo, mas também vínhamos nos preparando nesse um ano para isso”, admite.
No final de abril deste ano, Pedro sofreu uma parada cardíaca repentina. “Ele acordou bem e brincando, tinha sonhado que o coração chegava e estava muito feliz. Mas, após o almoço, se sentiu mal e teve uma parada cardíaca. Foi assustador”, lembra.
Com o agravamento, Pedro precisou ser conectado a um coração artificial. “Dia 30 de abril, ele passou pela cirurgia de implantação de Berlin Heart que foi bem complexa pelo formato diferente do coração dele. Foram 10 horas de cirurgia de peito aberto e um dia inteiro de muita angústia”, relata Juliana.
Hoje, o menino segue internado na UTI em estado delicado, mas surpreendendo a equipe médica com sua recuperação. “Ele já superou momentos críticos e está novamente ativo, comendo bem, sorrindo e agora iniciando a reabilitação motora. Pedro segue mostrando que é um verdadeiro milagre em movimento”, diz a mãe.
Juliana aproveita a força de sua história para conscientizar sobre a importância da doação de órgãos. “Para mim, incentivar a doação de órgãos é uma missão de amor. É sobre transformar a dor em esperança, e permitir que uma vida que se despede possa continuar em outra que ainda tem tanto para viver”, ressalta.
Enquanto a espera pelo transplante continua, a família se apega à fé e à esperança de ver Pedro voltar a correr, brincar e sonhar. “A doação de órgãos não é sobre perder alguém — é sobre dar sentido à perda, é sobre permitir que o amor continue mesmo depois da despedida. Crianças também salvam vidas. E quando uma família diz ‘sim’, ela planta um milagre na vida de outra”, finaliza.
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