Em uma coletiva de imprensa realizada na Casa Branca nesta sexta-feira (30/5), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou oficialmente a saída de Elon Musk do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). No entanto, a notícia ganhou contornos inesperados quando o próprio Trump afirmou que, na prática, o bilionário não deixará completamente o governo.
Segundo o presidente, Musk continuará envolvido nos bastidores: “O Elon realmente não vai sair. Ele vai ficar indo e voltando. É o bebê dele, ele vai continuar fazendo muitas coisas”. A declaração levanta questionamentos sobre o verdadeiro papel do empresário dentro da estrutura governamental americana.
Durante o evento, Musk apareceu usando um boné com a palavra “DOGE” e uma camiseta com a inscrição “DOGEFATHER” — uma brincadeira com “godfather” (padrinho, em inglês) e uma referência ao clássico filme “O Poderoso Chefão”. Em seu pronunciamento, ele afirmou: “Espero continuar fornecendo conselhos. Espero continuar sendo um amigo e conselheiro”.
Mesmo com o anúncio da saída, fontes de seis agências governamentais revelaram ao site WIRED que o estilo de trabalho promovido por Musk no DOGE continua crescendo. Nomes ligados à fundação do departamento, como Luke Farritor, Gavin Kliger, Edward Coristine e Sam Corcos, seguem atuando ativamente e mantêm reuniões com diversos órgãos públicos.
A permanência informal de Musk no governo levanta dúvidas sobre os limites entre influência privada e decisões públicas. Embora oficialmente afastado, sua presença parece ser mais simbólica do que prática, mantendo-se como uma figura central no desenvolvimento de tecnologias e estratégias de eficiência dentro da administração Trump.
A situação gera especulações sobre os reais motivos da “saída” e se ela não passa de uma jogada de marketing político para aliviar pressões ou críticas. Ao que tudo indica, Elon Musk pode ter deixado a cadeira, mas continua puxando os fios por trás da cortina.