A hiperatividade, muitas vezes associada apenas ao excesso de energia, pode ser um sintoma de condições como o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas também surgir em situações cotidianas como estresse, ansiedade e até noites mal dormidas. E o que poucos sabem é que a alimentação pode ter um papel crucial nesse cenário.
Embora nenhum alimento cause diretamente o TDAH, certos itens da dieta podem agravar sintomas como agitação, impulsividade e dificuldade de concentração — tanto em crianças quanto em adultos. Entre os principais vilões, o açúcar se destaca. Seu consumo em excesso pode provocar picos de glicose no sangue, seguidos de quedas bruscas, o que gera irritabilidade, alterações de humor e falta de foco. Além disso, doces geralmente vêm acompanhados de aditivos como corantes e conservantes, que também afetam o comportamento.
A cafeína é outro ponto de atenção. Em pequenas doses, pode até melhorar o foco em adultos, mas em crianças tende a aumentar a inquietação e interferir no sono — agravando os sintomas de hiperatividade. E ela não está presente apenas no café: refrigerantes, energéticos, chás escuros e chocolates também são fontes comuns.
Corantes artificiais como a tartrazina (amarelo), o vermelho allura e o azul brilhante têm sido associados ao aumento da hiperatividade em crianças sensíveis. O mesmo vale para adoçantes artificiais, conservantes e o glutamato monossódico, presente em muitos alimentos ultraprocessados.
A boa notícia é que, com ajustes simples na alimentação, é possível amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Evitar alimentos ultraprocessados, reduzir o consumo de açúcar e cafeína, e priorizar uma dieta natural e equilibrada pode fazer toda a diferença, especialmente para crianças com TDAH ou propensas à hiperatividade.