A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o uso do medicamento Mounjaro como tratamento para emagrecimento no Brasil. Originalmente indicado para o controle da diabetes tipo 2, o remédio — que é aplicado por meio de uma caneta injetável — agora entra oficialmente na lista de opções para combater a obesidade, ao lado de outros já conhecidos como Wegovy, Ozempic, Povitztra, Olire e Saxenda.
A decisão marca um novo capítulo na popularização das chamadas “canetas emagrecedoras”, que têm ganhado notoriedade por seus efeitos rápidos na perda de peso. Contudo, desde abril de 2025, a Anvisa passou a exigir retenção da receita médica para a compra desses medicamentos, devido aos riscos do uso indiscriminado. Isso significa que o acesso está mais regulado, e o remédio só deve ser prescrito a pacientes com obesidade associada a pelo menos uma comorbidade.
O Mounjaro atua regulando os níveis de açúcar no sangue, mas um dos seus efeitos colaterais — a redução do apetite — tem se mostrado extremamente eficaz no processo de emagrecimento. A promessa de resultados rápidos, porém, vem acompanhada de um custo elevado: o tratamento mensal pode variar entre R$ 1.400 e R$ 2.384,34, dependendo da dosagem.
Distribuído pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro já vinha sendo usado de forma off-label para perda de peso, mas agora conta com o aval oficial da Anvisa para essa finalidade. A medida pode ampliar o acesso ao medicamento, embora o preço ainda seja um obstáculo para muitos.
A liberação reacende o debate sobre o uso de medicamentos para emagrecer e os riscos à saúde quando utilizados sem acompanhamento médico. Casos recentes de celebridades que enfrentaram complicações após o uso de Ozempic, por exemplo, colocam em alerta os especialistas, que reforçam a importância do uso responsável e supervisionado dessas substâncias.