Uma viagem de negócios à selva da Papua Ocidental, na Indonésia, se transformou em um verdadeiro pesadelo para o britânico Tony Exall, de 58 anos. Dono de uma empresa de turismo, Tony estava explorando a região em maio, em busca de novos destinos, quando começou a sentir uma coceira persistente no olho esquerdo. Inicialmente, achou que fosse apenas um inseto ou algo passageiro, mas a situação era muito mais bizarra do que parecia.
Enquanto participava de uma expedição fotográfica em Malagufuk — local famoso pela observação de aves-do-paraíso — Tony começou a suar intensamente e sentiu algo se movendo em seu olho. Mesmo incomodado, decidiu continuar a trilha, até que um colega percebeu algo estranho: uma sanguessuga viva rastejava pelo globo ocular do britânico, fixada na esclera, a parte branca do olho.
Tony acredita que, ao limpar o suor das costas e depois passar a mão nos olhos, acabou introduzindo o parasita. Ele relatou que sua maior preocupação era que a sanguessuga se movesse para dentro do olho, o que poderia causar danos ainda mais graves.
A remoção do animal não foi simples. Tony buscou ajuda em dois hospitais locais. No primeiro, os médicos tentaram puxar a sanguessuga sem sucesso. Somente após a aplicação de um colírio anestésico, os profissionais conseguiram retirá-la com uma pinça. Após o procedimento, ele precisou usar colírios e antibióticos para evitar infecções, já que a saliva da sanguessuga pode conter substâncias anticoagulantes e bactérias perigosas.
De volta à Inglaterra, Tony segue em recuperação e alerta para os riscos de viagens a regiões tropicais. “Você ouve essas histórias sobre infecções e doenças, mas nunca imagina que vai ser com você — e no olho, ainda por cima”, desabafou.
O caso serve de alerta sobre os perigos pouco conhecidos que podem surgir em ambientes naturais, mesmo para viajantes experientes.