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Bolsonaro nega apoio militar para golpe e faz apelo milionário a Moraes: o que está por trás?

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Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro negou veementemente qualquer intenção de mobilizar as Forças Armadas para interferência institucional após as eleições de 2022. Questionado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre um possível oferecimento de tropas por parte do almirante Almir Garnier, Bolsonaro foi direto: “Em hipótese alguma. Não existe isso”. Ele enfatizou que não havia clima, oportunidade nem base legal para qualquer ação fora da Constituição, descartando a possibilidade de um estado de sítio ou outras medidas excepcionais.

O ex-presidente ainda fez um apelo inusitado a Moraes, pedindo reconsideração da multa de R$ 22,9 milhões aplicada ao Partido Liberal (PL) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A penalidade foi imposta após o partido questionar, de forma considerada infundada e de má-fé, os resultados do segundo turno das eleições. Bolsonaro afirmou que a multa tem causado grande impacto financeiro ao PL e sugeriu que a reavaliação da sanção seria bem-vinda.

No mesmo dia, o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, também foi ouvido e negou qualquer envolvimento em plano golpista. Ele confirmou sua presença em reuniões com Bolsonaro nos dias 7 e 14 de dezembro de 2022, mas afirmou que os encontros tinham caráter institucional, voltados à segurança pública e manifestações civis. Garnier negou ter oferecido tropas ao então presidente e disse que nunca viu uma “minuta de golpe” em papel, apenas slides com discussões dentro do que considerava o escopo constitucional.

As declarações de ambos ocorrem em meio às investigações da PGR sobre supostas articulações para um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas urnas. As falas tentam afastar qualquer narrativa de conspiração militar, ao mesmo tempo em que revelam a tensão entre o ex-presidente e o Judiciário, especialmente com Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

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