Em meio à guerra implacável entre facções rivais pelo controle do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, Kaio da Silva Honorato, conhecido como Kaioba, foi brutalmente executado nesta segunda-feira (9/6). Considerado um dos mais temidos “puxadores de guerra” do Comando Vermelho (CV), Kaioba teve a cabeça esfacelada por tiros de fuzil durante um confronto com o Terceiro Comando Puro (TCP), no Morro do Fubá, localizado entre os bairros de Cascadura e Campinho, na zona norte da capital fluminense.
Kaioba era apontado como o responsável por liderar investidas do CV contra territórios dominados pelo TCP, especialmente nos Morros do Fubá e do Campinho, áreas estratégicas na disputa pelo tráfico. Após ser atingido, seu corpo foi levado em um carro até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, onde policiais do 3º BPM (Méier) foram acionados. No local, foi confirmada sua identidade, mas ele já estava morto.
Nas redes sociais, Kaioba se apresentava como membro da “Equipe Caos” e “artilheiro” da facção, frequentemente exibindo armas, drogas e ostentando ao lado de outros criminosos. A morte do traficante ocorre em meio a uma escalada de violência que já dura mais de dois anos nas comunidades da zona norte, com sucessivos confrontos entre CV e TCP aterrorizando moradores.
No domingo anterior (8/6), a tensão já havia atingido níveis alarmantes com tiroteios intensos. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está à frente das investigações sobre a execução de Kaioba. Peritos estiveram no local do crime e novas diligências estão em andamento para identificar os autores e esclarecer as circunstâncias do assassinato.
A morte de Kaioba representa mais um capítulo sangrento na disputa territorial entre facções no Rio, revelando o poder bélico e a ousadia das organizações criminosas, além da dificuldade das autoridades em conter a violência nas favelas cariocas.