A farmacêutica EMS anunciou uma revolução no combate à obesidade e ao diabetes no Brasil: em agosto, chegam ao mercado as primeiras canetas injetáveis produzidas nacionalmente com a substância liraglutida, usada para controlar glicemia e promover saciedade. Os produtos — batizados de Lirux (para diabetes tipo 2) e Olire (para obesidade) — prometem ser uma alternativa mais acessível aos famosos Saxenda e Victoza, da dinamarquesa Novo Nordisk.
Ambos os medicamentos foram aprovados pela Anvisa em dezembro de 2024 e terão aplicação diária. A diferença está na dosagem: Lirux oferece 1,8mg por aplicação, enquanto Olire contém 3mg. A EMS promete preços entre 10% e 20% mais baixos que os concorrentes importados, o que pode tornar o tratamento mais viável para milhares de brasileiros.
A produção inicial será de 200 mil unidades até o fim de 2025, com expectativa de ultrapassar meio milhão no ano seguinte. A EMS também fez questão de destacar que, apesar de conter o mesmo princípio ativo dos medicamentos estrangeiros, suas canetas não serão classificadas como genéricos. Segundo a empresa, trata-se de um novo medicamento, resultado de uma inovação tecnológica desenvolvida exclusivamente no Brasil.
Essa iniciativa representa um marco na indústria farmacêutica nacional, que até então dependia de importações para oferecer esse tipo de tratamento. A chegada das canetas Lirux e Olire não só promete democratizar o acesso a terapias modernas contra obesidade e diabetes, como também posiciona o Brasil como produtor de ponta nesse segmento.