A atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem provocado intensos debates no cenário político brasileiro. Segundo uma pesquisa recente do Instituto Datafolha, divulgada em 13 de junho, 36% dos entrevistados acreditam que Janja atrapalha a gestão do presidente Lula, enquanto apenas 14% veem sua participação como positiva. Outros 40% consideram que ela “nem ajuda, nem atrapalha”, e 10% não souberam opinar.
Desde o início do atual mandato, Janja tem marcado presença em eventos oficiais e discussões públicas, o que a transformou em uma figura central — e controversa — no governo. Para o presidente Lula, as críticas à esposa são tentativas de atingi-lo indiretamente. “Ela virou a bola da vez”, afirmou, encorajando-a a continuar ativa apesar das pressões.
Entre os episódios mais comentados está a reunião com o presidente chinês Xi Jinping. Na ocasião, Janja teria sugerido o envio de um representante chinês ao Brasil para discutir a regulação de algoritmos do TikTok. Lula, por sua vez, alegou ter feito o pedido e que sua esposa apenas reforçou a preocupação com os perigos digitais para mulheres e crianças.
Outro momento polêmico ocorreu no evento Cria G20, no Rio de Janeiro, quando Janja, ao ser interrompida por uma buzina de navio durante sua fala sobre desinformação, reagiu com a frase em inglês “F* y 0 u, Elon Musk”. A declaração viralizou e acirrou ainda mais os ânimos entre apoiadores e críticos da primeira-dama.
A crescente visibilidade de Janja levanta questões sobre o papel de cônjuges de chefes de Estado na política brasileira. Enquanto alguns veem sua atuação como moderna e engajada, outros a consideram uma interferência indevida na administração pública. O fato é que, gostem ou não, Janja se tornou uma peça-chave — e polêmica — no tabuleiro político do país.