A técnica de enfermagem Dabienne decidiu adotar João, um bebê com hidranencefalia abandonado no hospital onde ela trabalhava, em Belo Horizonte (MG). O menino, hoje com seis anos, nasceu com a rara condição neurológica em que parte do cérebro não se desenvolve e é substituída por líquido. Ele foi deixado ainda recém-nascido e enfrentava um quadro de saúde grave quando foi acolhido.
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“Eu adotei uma criança anencéfala que foi abandonada no hospital. O médico, na porta do centro cirúrgico, perguntou: ‘Cadê a mãe dessa criança?’ Então eu respondi: ‘Não sei, ele não tem, mas a partir de hoje sou eu’”, contou Dabienne, em entrevista ao canal Histórias de Ter.a.pia.
Segundo a técnica, a decisão de acolher o bebê veio no primeiro contato: “Tinha uma criancinha com uma cabeça muito grande e ele estava triste. Eu lembro que ele estava muito triste, sentindo que estava sozinho. Era muito pequeno e numa situação precária. Peguei o João no colo e chorando muito disse: ‘Você nunca mais estará sozinho’”.
João passou por uma cirurgia de alto risco para drenar o líquido do crânio. Apesar do prognóstico reservado, Dabienne insistiu na adoção. “Eu o conheci aos 21 dias e ele veio para mim aos cinco meses de vida”, disse.
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Mesmo com limitações severas, João recebe todos os cuidados em casa: “Ele não enxerga, não anda, não fala, só se comunica com as expressões. Mas eu falo que tenho certeza de que ele sabe o quanto é amado”.
“Não tem como falar do João e não se emocionar. Ele é a minha vida inteira. Esse é o João. É o homem da casa, a razão do nosso sorriso, a razão dos nossos dias, a razão para acreditar que dias melhores sempre virão”, finalizou.
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