Mariah Alice dos Reis Santos, de 5 anos, passou por uma série de complicações graves que culminaram em um AVC. A menina, que mora em Aracaju (SE), ficou 28 dias internada na UTI, passou por coma induzido e precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência no crânio.
“Para mim foi desesperador ver minha filha passar por tudo isso. Tiveram momentos em que eu achei que ela não iria aguentar”, contou a mãe, Adriele Oliveira dos Reis Santos, à revista CRESCER.
O caso começou em 3 de janeiro, quando Mariah teve gripe e passou a apresentar vômito. “Levamos na urgência 24 horas de Aracaju, lá uma pediatra avaliou ela e disse que era apenas a garganta inflamada, passou a medicação e mandou para casa”, disse.
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No dia seguinte, após uma convulsão, os pais voltaram ao pronto-socorro. “Chegando lá, a crise tinha passado. Fizeram exames de sangue e mandaram a gente para casa. Nisso, percebi que a minha filha já estava diferente, tinham momentos em que ela não reconhecia a gente. Comentei com a médica e ela disse que isso era normal após uma crise de convulsão”, relatou.
Na madrugada do dia 5, a criança teve outra convulsão. “Fizeram o exame de urina e disseram que era infecção urinária e era isso que estava causando as febres altas que estava levando as crises de convulsões, mais uma vez passou medicação e mandou para casa […] Ela nem falava mais, estava inquieta. Teve febre, dei remédio e ela tirou um cochilo. Assim que despertou, fui dar um banho nela, quando eu vi que ela não era mais a mesma. Ela passou a mão no sabonete e logo em seguida esfregou no olho como se quisesse limpar algo dentro da cabecinha dela”, revelou mãe.
Diante do novo episódio, os pais voltaram a levar a pequena ao hospital. “Chegando na urgência foi uma correria: a colocaram no oxigênio, medicaram e ela apagou de vez”, disse Adriele. No dia 8 de janeiro, os médicos identificaram um quadro de meningoencefalite.
Em 10 de janeiro, o quadro se agravou com um AVC. “A meningoencefalite causou inchaço no cérebro e desencadeou o AVC. Os médicos descobriram o que tinha acontecido e tiveram que fazer uma cirurgia as pressas. Fizeram a retirada do osso do crânio dela do lado esquerdo para descomprimir o cérebro e ter mais espaço na cabeça”.
Apesar do procedimento ter tido um ótimo resultado, a pequena precisou continuar na UTI, onde ficou por 28 dias, alguns deles em coma induzido para se recuperar. “Quando começou a despertar, ela teve uma pneumonia e foi tratada. Ela passou pelo processo do uso da traqueostomia, pois ficou com dificuldade para respirar. Ela teve alta, mas voltou sem falar, sem andar, ficou alguns dias acamada”, explicou.
Os médicos recomendaram fisioterapia e fonoaudiologia, mas a família ainda não conseguiu acesso pelo SUS. “Eu fazia fisioterapia todos os dias nela e foi aí que ela começou a ganhar força e voltou a andar. O médico que fez a cirurgia dela achava que seria impossível, pois assim que acabou a cirurgia dela, ele avisou que teria grande sequelas, como ficar sem andar, sem mexer o braço ou a perna direita e até mesmo perda da visão do lado direito. Mas Deus é tão maravilhoso que minha filha não ficou com nenhuma sequela”, explicou.
Mariah ainda está em processo de retirada da traqueostomia e deve passar por nova cirurgia no crânio até o fim do ano. “Deus a livrou da morte e hoje ela está voltando a ser uma criança sorridente, brincalhona e feliz novamente”, finalizou.
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