A modelo plus-size Erin Marley Klay, de 24 anos, viralizou nas redes sociais após publicar, na última terça-feira (08), fotos de biquíni na praia. O conteúdo, publicado na plataforma X (antigo Twitter), alcançou mais de 75 milhões de visualizações e desencadeou uma onda de comentários gordofóbicos. Em resposta, a influenciadora decidiu se posicionar com uma série de posts afirmativos e ganhou apoio de milhares de mulheres.
“Por favor, não deixem que as noções preconcebidas da sociedade sobre o que é ou não é bonito impeçam vocês de viver a vida”, escreveu Erin em um dos posts. Em outro, ela afirmou: “Você precisa perceber que alguém com tanto ódio no coração é muito mais miserável do que você jamais seria usando um biquíni na praia”.
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Em entrevista à revista PEOPLE, Erin revelou que já enfrentou situações parecidas antes, desde que começou a postar nas redes sociais, aos 18 anos. “Na época, eu me escondi. Deixei a poeira baixar, porque não sabia como lidar com tanta opinião sobre meu corpo. Dessa vez, escolhi responder com luz e positividade”, contou.
Moradora de Los Angeles, a modelo também explicou que prefere focar nas mensagens de apoio. “O que escolhi foi dar atenção às mulheres que disseram o quanto foi importante ver alguém com um corpo visivelmente plus-size como o meu se mostrando com confiança. Essas mensagens significaram mais para mim do que perder tempo respondendo a comentários de ódio feitos por homens que nunca teriam coragem de dizer essas coisas pessoalmente”, disse.
Apesar do impacto negativo dos ataques, Erin reforça que a repercussão também gerou acolhimento: “É fácil ficar cínica depois de tanto tempo na internet, mas a resposta me lembrou por que faço isso. Ver pessoas parecidas comigo se sentindo um pouco melhor por eu me expor é o que me motiva”.
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A modelo, que começou a carreira após ser descoberta no Instagram por uma agência, já trabalhou com diversas marcas renomadas. No entanto, ela relata que ainda enfrenta barreiras dentro da própria indústria.
“As maiores dificuldades que enfrentei foram ligadas aos meus próprios medos. Eu me achava indigna de ocupar espaço, de usar certos looks ou estar em certos eventos. Isso me segurou por um tempo. E, mesmo agora, com minha autoestima fortalecida, ainda é difícil quando agências dizem na sua cara que ‘as grandes não estão vendendo bem no momento’ ou quando marcas simplesmente param de produzir tamanhos maiores”, explicou.
Para ela, a resistência contra corpos fora do padrão segue enraizada: “Não é crime parecer como você é, não importa o quanto as pessoas tenham tentado te fazer acreditar nisso. Você tem o direito de ocupar o espaço que ocupa, da forma que for”.
Erin finaliza com um recado direto: “Os corpos plus-size estão aqui para ficar. Podem inventar qualquer dieta da moda ou lançar comentários de ódio, mas nós continuaremos existindo. Precisamos mostrar às marcas, produtoras e agências que nossos corpos merecem estar representados na mídia que consumimos. Eu pretendo continuar aparecendo, gostem ou não. Posso aguentar os golpes se isso significar avançar um pouco na luta por representatividade. Na verdade, eu dou boas-vindas a isso”.
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