Daniela Peres, de 32 anos, do interior do Pará, já era mãe de dois meninos, João Henrique, de 12 anos, e José Heitor, de 3, quando recebeu a notícia que mudaria completamente sua rotina: uma gravidez trigemelar espontânea, descoberta já na primeira ultrassonografia. Os bebês, Josué, Joaquim e Jorge, nasceram no dia 27 de junho, com 34 semanas de gestação.
“Sim, a gestação foi planejada. Fui tentante por 1 ano e, depois de um grande propósito, Deus nos presenteou e surpreendeu com a gravidez trigemelar”, contou Daniela. O susto veio durante o primeiro ultrassom: “Primeiro, o médico encontrou dois, pois são dois da mesma placenta e um não (risos). Depois, ele encontrou o terceiro e veio um turbilhão de sensações, medo, dúvidas, mudanças de planos, enfim. Meu marido quase deu um piripaque (risos)”.
Segundo ela, a descoberta aconteceu como uma verdadeira comédia romântica. “Ainda no ultrassom, quando o médico encontrou o segundo bebê, meu marido ficou feliz da vida e até fez videochamada para os pais dele pra contar que eram gêmeos. Mas depois que ele desligou, o médico encontrou o terceiro. Nessa hora, meu marido sentou e ficou calado. Minha reação foi um ataque de riso”, disse.
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Sem histórico conhecido de trigêmeos na família, o casal não esperava por essa surpresa: “Não fizemos tratamento nenhum. Ouvi dos médicos que teria que fazer tratamento para engravidar, pois estava com suspeita de endometriose. Mas um tempo depois, descobri que estava grávida. A notícia repercutiu bastante na minha cidade“.
A gravidez foi tranquila até as últimas semanas, quando Daniela começou a enfrentar dificuldades físicas. “O momento mais desafiador foi no fim, três semanas antes do parto. A barriga já estava muito grande, muito pesada, sentia muita falta de ar, não conseguia dormir direito e sentia muita contração. Parecia que eu não iria aguentar”, afirmou.
O parto foi natural, mas veio acompanhado de complicações: “Infelizmente, tive hemorragia e síndrome de Hellp. Me tornei um milagre junto com meus filhos. Foram vinte dias de internação. Hoje, faz oito dias que tive alta. Os bebês receberam alta poucos dias depois, não precisaram de incubadora, o que é raríssimo”.
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Daniela conta com uma rede de apoio composta por mãe, sogros, babá e duas técnicas para lidar com a nova rotina. Em um vídeo publicado recentemente, ela mostrou o antes e depois da barriga com os trigêmeos nos braços. Em quatro dias, o conteúdo alcançou mais de 1,2 milhão de visualizações.
“É um salto gigantesco, que exige uma adaptação significativa em todos os aspectos da vida. A rotina se torna muito mais intensa, a casa mais barulhenta e a atenção precisa ser redobrada. É um desafio, mas também uma oportunidade de vivenciar um amor ainda maior e fortalecer os laços familiares”, declarou.
E deixa um recado para outras mães de múltiplos: “Acima de tudo, confiar no Senhor. A palavra final sempre é a d’Ele. E não se comparar a outras gestantes de múltiplos, pois cada corpo é um corpo, cada organismo é um organismo e cada gestação é uma gestação. Toda e qualquer gravidez é cheia de surpresas!”.
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