O que parecia ser apenas uma picada de inseto deixou o adolescente Noah Johnson, de 16 anos, acamado por semanas e lutando pela vida em um hospital de Iowa, nos Estados Unidos. O caso começou em 18 de junho, quando o jovem, que trabalha no verão com o irmão em uma empresa de cercas para juntar dinheiro e comprar um carro, sentiu algo o morder durante o expediente.
Ao chegar em casa, contou à mãe, Brandy Johnson. “Ele disse que sentiu algo subir nele e que apenas pulou”, relatou ela à imprensa local. A marca, na região inferior das costas, logo começou a aumentar e ficou com dois pontos escuros no centro, semelhantes a presas. “Era muito dolorido, ele nem conseguia sentar”, disse à People.
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Cinco dias depois, com febre alta e o ferimento já triplicado de tamanho, Noah foi levado a uma clínica de emergência. Os médicos suspeitaram de uma picada de aranha infectada e receitaram antibióticos. Porém, a situação se agravou: novas áreas do corpo começaram a apresentar infecção, e o adolescente precisou ser levado ao pronto-socorro. Mesmo com 39,5°C de febre, recebeu alta com orientação para retornar caso o quadro piorasse.
Três dias depois, já sem conseguir andar, foi levado ao Mary Greeley Medical Center, onde passou por uma cirurgia de emergência para remover tecidos infectados. Na manhã seguinte, entrou em falência renal e foi transferido para o Blank Children’s Hospital, em Des Moines, onde ficou mais de duas semanas na UTI pediátrica. “Todo dia parecia que ia melhorar e depois voltava a piorar. Foi de partir o coração”, disse a tia, Chastity Schonhorst.
Os médicos descobriram que Noah teve uma reação alérgica grave a um medicamento usado no primeiro hospital, o que agravou o quadro e exigiu sessões de diálise. O adolescente, que antes do acidente treinava musculação todos os dias, perdeu mais de quilos e chegou a ficar sem conseguir falar. No dia 16 de julho, conseguiu dizer as primeiras palavras para a mãe desde o início da internação. “Ele pensou que estava morrendo. Disse: ‘Estou com muito medo’. Eu só respondi: ‘Não tem nada para ter medo, você vai ficar bem’”, contou Brandy.
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A equipe chegou a levar o jovem para tomar sol do lado de fora do hospital, após dias internado sem sair do quarto. No dia seguinte, os sinais vitais começaram a melhorar, e Noah conseguiu deixar a UTI. “Precisávamos de uma boa notícia”, disse Chastity. No dia 21 de julho, ele recebeu alta hospitalar e segue em recuperação com fisioterapia e acompanhamento médico.
Brandy afirma que a experiência mudou sua forma de ver a vida. “Quando alguém que você ama, principalmente seu filho, fica gravemente doente de repente, tudo muda num instante. O mundo que você conhecia desaparece. As preocupações com contas, trabalho ou o que fazer no jantar parecem tão pequenas quando você está olhando para máquinas apitando e rezando por sinais de força em um corpo tão jovem que nunca deveria lutar uma batalha assim. A gente passa tanto tempo achando que precisa de mais, mas quando está prestes a perder alguém, percebe que já tinha tudo o que importava”, finalizou.
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