Após o governo dos Estados Unidos sancionar o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, o ex-presidente Donald Trump estuda estender sanções semelhantes a outros dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, e Gilmar Mendes, o ministro mais antigo em atividade.
A Casa Branca avalia que decisões de Moraes que violariam direitos humanos foram respaldadas por Barroso e contaram com o apoio de Gilmar Mendes, que teria influência significativa entre os demais magistrados. Apesar disso, o governo Trump pretende observar como os ministros se comportarão após a entrada em vigor das sanções contra Moraes antes de tomar novas medidas.
Além dos ministros do STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também está no radar do governo norte-americano. Segundo autoridades dos EUA, Gonet teria dado respaldo jurídico às decisões de Moraes por meio de manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em fevereiro deste ano, o senador republicano Shane David Jett enviou uma carta a Gonet solicitando esclarecimentos sobre o tema. A PGR, no entanto, optou por não divulgar a resposta enviada ao parlamentar norte-americano.
Caso Barroso e Gilmar Mendes mantenham apoio às ações de Moraes, eles poderão ser os próximos alvos das sanções, que implicam restrições econômicas e de entrada nos Estados Unidos, além de danos à reputação internacional dos envolvidos.
As sanções aplicadas a Moraes fazem parte de uma ofensiva do governo Trump contra autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos fundamentais, usando a Lei Magnitsky como instrumento de pressão diplomática e política.