O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. No pedido, Tarcísio se identifica como “correligionário e amigo” de Bolsonaro e argumenta que há “razões político-institucionais e humanitárias” que justificam a visita, prevista para esta quinta-feira (7/8).
Além de Tarcísio, outros parlamentares também encaminharam pedidos semelhantes ao STF. Entre eles estão o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), e o deputado Marcelo Moraes (PL-RS). Até o momento, Moraes não respondeu a nenhum dos pedidos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, conseguiu visitar o pai nesta quarta-feira (6/7), após autorização de Moraes para visitas familiares sem necessidade de aviso prévio. Flávio afirmou que a decisão do ministro “não é nenhum favor”.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi motivada por um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual ele aparece discursando durante uma manifestação. A gravação foi feita por seu filho e posteriormente apagada. O ex-presidente participou da manifestação por chamada de vídeo e agradeceu aos apoiadores, dizendo: “É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.
Manifestações em apoio a Bolsonaro ocorreram em diversas capitais, como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante o ato em Copacabana, o ex-presidente fez contato telefônico com os manifestantes.
O senador Ciro Nogueira (PP) também recebeu autorização de Moraes para visitar Bolsonaro. A movimentação de aliados políticos em torno do ex-presidente revela o esforço da oposição em manter laços próximos e demonstrar solidariedade durante o período de reclusão domiciliar.