Depois de duas perdas gestacionais e um diagnóstico de infertilidade, Hannah Merton, dos Estados Unidos, deu à luz quíntuplos em 2020. Um dos bebês morreu três dias após o nascimento, mas os outros quatro sobreviveram, e hoje a mãe compartilha nas redes sociais os desafios e aprendizados da maternidade múltipla.
Hannah e o marido tentavam ter filhos havia dois anos, sem sucesso. Após saber que não poderia ter filhos, ela iniciou um tratamento com medicação para estimular a ovulação. Pouco tempo depois, descobriu que estava grávida de cinco bebês.
“Eu não conseguia entender o que ela estava dizendo. Fiquei em choque”, contou Hannah ao relembrar a reação da médica durante o primeiro ultrassom. “O rosto dela ficou completamente branco. Ela puxou um banquinho, sentou e segurou meu braço. Disse: ‘Acho que estou vendo quatro ou cinco’. Eu perguntei: ‘Quatro ou cinco o quê? Não tem como você estar falando de quatro ou cinco bebês”, disse à revista People.
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A confirmação veio nas semanas seguintes: cinco batimentos cardíacos estavam presentes. “A gente só confiou em Deus. Queríamos seguir com a gestação. Queríamos ter todos os cinco”, afirmou.
Com 23 semanas, Hannah teve o colo do útero afinado e foi internada para conter o trabalho de parto. Após breve alta, voltou a ter contrações e deu à luz precocemente. Os bebês nasceram pesando entre 590 gramas e 830 gramas, com necessidade imediata de intubação e cuidados intensivos.
A filha mais nova, diagnosticada com uma hemorragia cerebral grau quatro, faleceu três dias depois. “Não pudemos viver o luto como gostaríamos. Queríamos ficar em casa e não sair da cama por uma semana, mas não tínhamos essa escolha. Precisávamos ir ao hospital todos os dias pelos nossos outros filhos”, desabafou.
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Nos meses seguintes, os quatro bebês enfrentaram complicações. Uma das filhas também foi diagnosticada com paralisia cerebral após exames no cérebro. Um dos meninos precisou de traqueostomia para respirar. Apesar das dificuldades, todos foram sendo liberados da UTI neonatal e puderam ir para casa.
A gestação de Hannah aconteceu em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, o que dificultou visitas e acompanhamentos no hospital. Ainda assim, o apoio da comunidade foi essencial. “Não precisei comprar fraldas por um ano e meio. Recebemos carrinhos, roupas, brinquedos… tudo o que precisávamos”, disse.
Com quase 700 mil seguidores no TikTok, Hannah usa as redes para relatar a rotina da maternidade e apoiar outras mães. “Eu só quero construir uma comunidade. Mães apoiando mães, esse é o meu objetivo. Não era para viralizar. Só queria dividir minha história. Quando vi, tinham milhares de comentários. Fiquei sem entender”, afirmou.
Hoje, os filhos estão prestes a entrar no jardim de infância, e ela ainda teve mais um bebê. “O que mais me emociona é ver que tantas pessoas se importam com a minha família até hoje. Querem ver a gente bem, querem que a gente vença. Só estou tentando ensinar aos meus filhos a importância de lutar e que tudo isso vale a pena”, declarou.
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