Caroline Oliveira do Carmo entrou para a história da ciência brasileira ao se formar em Física aos 19 anos, a mesma idade em que o renomado César Lattes concluiu a graduação. Reconhecida como a física mais jovem do país, ela ingressou na universidade aos 16 anos e conciliou os estudos com a divulgação científica sobre astronomia nas redes sociais.
“Mal havia terminado o Ensino Médio e já me matriculei na graduação e a minha vida mudou muito. Eu, que já era divulgadora científica pude compreender ainda mais sobre determinados assuntos que antes pareciam longínquos, ou extremamente difíceis. Na Física encontrei o meu lugar e vi que era isso que eu amava”, contou.
Pouco tempo depois, aos 17 anos, Caroline iniciou o curso de Bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde abril de 2023, cursa simultaneamente as duas graduações. Ela se mudou do interior do Rio de Janeiro para morar no Alojamento Estudantil da UFRJ.
“Obviamente, não foi fácil, nada fácil. Me questionei bastante por muitas vezes, pensando se isso de fato era pra mim, sendo nova, autodidata, morando no interior do Rio, somente com minha vontade de aprender e ponto final. Ao sair da casa dos meus pais para esse curso na capital, tudo mudou mais ainda, mas ao começar a estudar e morar na UFRJ eu tive certeza do meu amor pela ciência e pelos astros. Isso tudo dinheiro nenhum paga. Até porque a ciência como um todo deveria ser exatas dessa forma: acessível e democratizada para todos os apaixonados por ela!”, afirmou.
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Além da trajetória acadêmica, Caroline também já foi astronauta análoga pela Wogel, participou do Internacional Math Championship e criou a série animada “Astros do Amanhã”, financiada pelo Consulado dos EUA. Nas redes sociais, ela produz conteúdos que aproximam jovens e crianças do universo científico.
“Foi um grande choque quando percebi que me tornei física aos 19 anos assim como César Lattes, físico mais novo do Brasil e um dos mais geniais cientistas, que foi indicado sete vezes ao Prêmio Nobel. Agora a missão é inspirar cada vez mais pessoas, assim como este e muitos outros cientistas me inspiraram e me inspiram”, disse.
Caroline afirmou que a formação não representa o fim de sua trajetória. “Essa formação é apenas o começo de uma carreira incrível que desejo continuar construindo. Para os meus sonhos, o céu não é limite!”, concluiu.
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