O influenciador Hytalo Santos foi preso em São Paulo na última sexta-feira (15/8), acusado de crimes gravíssimos, como exploração e “adultização” de crianças e adolescentes. A prisão foi resultado de uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com mandado expedido pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux. Israel Nata Vicente, conhecido como Euro e marido de Hytalo, também foi detido.
A Justiça justificou a prisão preventiva como medida necessária para proteger provas e testemunhas, diante de fortes indícios de tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular e constrangimento de menores. Segundo as investigações, os crimes estariam ligados à produção de vídeos para redes sociais.
A prisão de Hytalo gerou repercussão imediata. O influenciador Felca (Felipe Bressanim), que já havia denunciado publicamente o caso por meio de um vídeo sobre “adultização”, comemorou a ação das autoridades. Em nota divulgada pelo advogado João de Senzi, Felca parabenizou o avanço das investigações e reafirmou seu compromisso em colaborar com provas e informações, inclusive sobre ataques que ele próprio teria sofrido após as denúncias.
A defesa de Hytalo e Euro nega as acusações e afirma que adotará todas as medidas legais, incluindo um possível pedido de habeas corpus. No entanto, segundo a polícia, havia indícios de que o casal pretendia fugir, o que reforçou a necessidade da prisão imediata.
O caso reacende o debate sobre os limites da exposição infantil nas redes sociais e o papel dos influenciadores digitais na promoção de comportamentos prejudiciais. A nota de Felca também destaca a importância de criar uma sociedade mais segura, especialmente para os mais vulneráveis.
A investigação segue em curso, e novas informações devem surgir nos próximos dias. Enquanto isso, a comunidade digital e o público acompanham, atentos, os desdobramentos de um dos casos mais polêmicos do meio influencer brasileiro.