A norte-americana Laura Schaeffer, de 34 anos, passou mais de uma década enfrentando sintomas debilitantes sem entender a causa. Após consultas com diferentes especialistas e diversos procedimentos médicos, ela descobriu que sofria de intoxicação por mofo, condição que até então nunca havia considerado.
Em entrevista à Newsweek, Schaeffer contou que os primeiros sintomas surgiram em 2012, quando se mudou para uma casa centenária na Pensilvânia. Na época, relatou episódios semelhantes a infecções urinárias, febres inexplicáveis, fadiga, dificuldade de concentração e intolerância a bebidas alcoólicas. “Culpava o estresse, o novo emprego e a vida”, disse.
Nos anos seguintes, mesmo após deixar a residência, as complicações se intensificaram. Durante gestações, mudanças de cidade e carreira, a lista de sintomas aumentou, passando a incluir cólicas intensas, sangramento retal, dores abdominais, diarreia, palpitações, perda de peso, sensibilidade alimentar e problemas neurológicos. Ela foi atendida por urologistas, cardiologistas, gastroenterologistas e ginecologistas, mas não recebeu respostas.
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Foram realizados exames como colonoscopias, endoscopia, ressonâncias magnéticas, tomografias, ultrassons, exames hormonais e até cirurgias, incluindo histerectomia e retirada do apêndice. “Lamento profundamente essa cirurgia. Infelizmente, ter feito a histerectomia agravou meus problemas hormonais e tornou tudo mais desafiador, mas tenho esperança de conseguir controlar a situação”, afirmou.
A virada ocorreu em 2024, quando um médico funcional sugeriu a possibilidade de intoxicação por mofo após crises intensas. “Ele sugeriu que testássemos para mofo, algo que nunca havia considerado. Para minha surpresa, meus níveis de micotoxinas estavam altíssimos. Cada toxina principal estava elevada”, relatou. Schaeffer notou que os sintomas pioravam quando estava em sua casa histórica ou no celeiro da fazenda.
Segundo o médico Ehsan Ali, ouvido pela Newsweek, a intoxicação por mofo “passa despercebida por anos” por ser de difícil diagnóstico. “Pode afetar as pessoas de muitas formas e imitar outras doenças. A não ser que alguém pense especificamente em mofo e faça as perguntas certas, isso raramente aparece nos exames médicos tradicionais”, explicou.
Após a confirmação, Schaeffer passou a evitar áreas com exposição, usar purificadores de ar, desumidificadores e adotar uma dieta à base de alimentos naturais. “Evitar o mofo trouxe um alívio inacreditável. Não tive nenhum episódio de sangramento retal em três meses, depois de anos de sofrimento constante. Sinto minha energia de volta e finalmente sinto que tenho controle sobre minha saúde”, disse.
Atualmente, ela compartilha sua experiência nas redes sociais para alertar outras pessoas. “Se você está enfrentando sintomas misteriosos ou problemas crônicos, não ignore o ambiente. Perdi mais de uma década da minha vida por causa disso, mas estou recuperando e espero que minha história ajude outras pessoas também”, declarou.
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