Um vídeo publicado durante a pandemia, gravado com um celular quebrado e mostrando um cabritinho chamado Sebastião, foi o ponto de partida para a repercussão de Gabi Macoff, de 18 anos, natural de Dormentes, no Sertão de Pernambuco. A postagem alcançou milhões de visualizações no TikTok e chamou a atenção pela naturalidade com que a jovem retratava a vida no sítio.
Filha de agricultores, nascida em Juazeiro (BA) e criada no interior pernambucano, Gabi construiu nas redes sociais uma identidade ligada à simplicidade rural. “Eu nunca pensei que um dia isso poderia ser uma ferramenta de trabalho, que poderia me ajudar ou ajudar minha família. Nunca”, disse ao G1. O tom espontâneo, segundo ela, é intencional: “Sempre tentei transparecer quem eu sou. Ser transparente, sem querer enfeitar muito nada”.
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A repercussão de seus vídeos trouxe comentários de seguidores que se identificaram com a rotina mostrada: “Muita gente dizia que se sentia feliz vendo meus vídeos, que lembrava da infância, que se inspirava por eu ser tão nova e mostrar a vida do sítio com orgulho”. Ao mesmo tempo, as críticas também apareceram. “No começo me fazia muito mal. Pensava: ‘Essa pessoa nem me conhece’. Mas fui aprendendo a filtrar. Hoje, quando vem alguma crítica, eu lembro: quem é que tu é? Tu conhece teu coração”, afirmou.
Atualmente, Gabi soma centenas de milhares de seguidores no Instagram e continua produzindo conteúdos a partir do sítio da família. Apesar da visibilidade, afirma que pensa em seguir estudando. “Quero me formar. Não por status, mas porque gosto de estudar. E também quero ter uma base fora da internet, que é muito instável”, declarou.
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Ao refletir sobre o impacto dos vídeos, resumiu a mensagem que gostaria de transmitir: “Sou muito grata. Saber que tem gente que me acompanha, que gosta do meu trabalho, me deixa muito feliz. Eu tento levar sempre o melhor que eu tenho. Eu só queria que todo mundo sentisse essa paz que eu sinto no sítio. É uma coisa que não dá pra explicar. Só vivendo mesmo”.
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