
Ginny Burton, ex-dependente química e ex-detenta com 17 condenações criminais e três passagens pela prisão, se formou em Ciência Política pela Universidade de Washington, aos 48 anos. Sua trajetória, marcada por abusos, violência e vícios desde a infância, ganhou destaque internacional como exemplo de superação.
Ginny cresceu em um ambiente de instabilidade. Seu pai foi preso quando ela tinha 4 anos, e sua mãe, dependente de drogas, a introduziu ao consumo já aos 6. Aos 12, usava metanfetamina, aos 14 crack e, aos 21, heroína injetável. Também enfrentou relacionamentos abusivos e perdeu parceiros para a violência. “Eu era a pessoa que você atravessava a rua para evitar”, disse.
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Em 2012, após ser presa em uma perseguição policial em um carro roubado, decidiu mudar de vida. “Eu sabia que estava bem. Eu sabia que quando ele me algemou e me colocou no carro dele, eu sabia que minha vida ia mudar, e foi então, naquele momento, que tomei a decisão de mudar tudo, custasse o que custasse, porque nunca é tarde”, relatou.
A partir daí, participou de programas de recuperação, conquistou a sobriedade e voltou a estudar. Primeiro, em aulas comunitárias, onde enfrentou insegurança, mas descobriu facilidade para aprender. Posteriormente, ingressou na Universidade de Washington, recebendo bolsas de prestígio e integrando o time acadêmico da instituição.
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“Hoje, deixei de lado a insegurança em relação à minha idade, às rugas no meu rosto, à minha genética, aos meus fracassos e à síndrome do impostor para reconhecer que, não importa o que aconteça, se eu ainda estiver respirando, posso fazer qualquer coisa que eu me propuser a fazer. Formar-me aos 48 anos no departamento de Ciência Política da Universidade de Washington, Seattle, é uma verdadeira conquista para esta ex-detenta”, afirmou.
Mãe de três filhos, Ginny declarou que sua recuperação e formação só foram possíveis porque teve a prisão como ponto de virada. “Estou extremamente grata neste momento porque a prisão foi uma opção para mim, porque se eu estivesse usando hoje, com as políticas que estão em vigor agora, eu não estaria onde estou”, finalizou em entrevista à Fox News.
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