O chinês Chen Si, de 56 anos, ganhou notoriedade por sua atuação voluntária na prevenção ao suicídio na Ponte do Rio Yangtzé, em Nanjing, na província de Jiangsu. Conhecido como o “Anjo de Nanjing”, ele afirma ter impedido 469 pessoas de tirarem a própria vida ao longo de mais de duas décadas de trabalho diário.
Desde 2003, Chen patrulha a ponte até dez vezes por dia, vestindo uniforme vermelho com a frase “valorize a vida todos os dias”. Ele conversa com pessoas que demonstram sinais de angústia, oferece apoio imediato e, em diversas ocasiões, chegou a puxar pessoas de volta da beira da estrutura ou auxiliar em resgates no rio.
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A primeira experiência aconteceu em 2000, quando encontrou uma jovem em situação de desespero. “Comprei água, comida e uma passagem para ela voltar para casa. Percebi que essas pessoas poderiam ser salvas”, relatou ao New Weekly.
Com o tempo, Chen diz ter aprendido a identificar sinais de sofrimento apenas pela postura. “Pessoas em luta interna extrema não têm movimentos relaxados, o corpo parece pesado”, explicou. Em seus diálogos, busca transmitir esperança: “Quero dizer a essas pessoas que, enquanto houver respiração, há chance de recomeçar a vida”.
Entre os episódios marcantes, ele recorda o de uma mulher prestes a se jogar após descobrir uma traição do marido. “Se o céu cair, eu serei seu irmão mais velho e vou segurá-lo para você”, disse a ela. Em outro caso, arrecadou com amigos mais de US$ 1.400, cerca de R$ 7,6 mil, para ajudar uma estudante que não tinha condições de pagar a universidade.
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Chen reconhece que o desafio não se limita ao resgate imediato. “Ao longo dos anos, percebi que simplesmente puxar alguém da beira da ponte não resolve totalmente o problema”, afirmou. Com recursos próprios, já pagou estadias, alimentação e outras necessidades básicas de pessoas que ajudou a salvar.
A história inspirou o documentário Angel of Nanjing, e continua a mobilizar admiração dentro e fora da China. Em comentários no Weibo, usuários destacaram a persistência de Chen. “Vi ele no noticiário há mais de 20 anos. Não pensei que ainda estivesse salvando vidas”, escreveu um internauta. Outro acrescentou: “Dar esperança a quem está em desespero faz dele, de fato, um anjo”.
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