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Ativista feminista é condenada a prisão por ofender o Islã ao usar camiseta com frase “Alá é lésbica”

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A Justiça de Marrocos condenou a ativista feminista Ibtissame Lachgar, de 50 anos, a dois anos e meio de prisão por insulto ao islamismo. Conhecida como “Betty”, ela foi considerada culpada após postar nas redes sociais uma foto em que aparecia com uma camiseta com os dizeres “Alá é lésbica”. Além da pena, terá que pagar multa de US$ 5 mil.

Co-fundadora do Movimento Alternativo pelas Liberdades Individuais no Marrocos e defensora dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+, Lachgar já havia protagonizado atos polêmicos no país, como um “beijo coletivo” em frente ao Parlamento e a distribuição de pílulas abortivas. Diagnosticada com câncer, está em confinamento solitário desde 10 de agosto.

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Segundo a acusação, a postagem violou o artigo 267-5 do Código Penal marroquino, que criminaliza ofensas à religião islâmica. Após a publicação viralizar, a ativista passou a receber ameaças de linchamento, apedrejamento e estupro. O caso provocou forte repercussão no país, dividindo opiniões e despertando manifestações de apoio, especialmente de mulheres que acompanharam o julgamento em Rabat.

Segundo informações do G1, no tribunal, Lachgar apareceu abatida e usando uma abaya. Ela se declarou inocente e explicou que a frase da camiseta não se referia diretamente a Alá, mas fazia parte de uma ação feminista internacional que mencionava “todos os deuses”. Sua defesa argumentou que a ação deveria ser protegida pelo direito à liberdade de expressão, previsto pela Constituição marroquina.

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A advogada Naima El Guellaf criticou a sentença, classificando-a como desproporcional: “Esperávamos que o tribunal levasse em consideração a sua condição médica, já que ela luta contra o câncer desde 2009”. Entidades internacionais e a Associação Marroquina para os Direitos Humanos também reagiram, destacando os riscos da condenação. “A sentença não é apenas injusta, mas também ameaça a liberdade de opinião e expressão”, afirmou Hamid Sisouk, representante da organização.

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