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Homem trans desabafa após ser chamado de ‘mãe’ durante a gravidez: “Sou um pai que gerou o próprio filho”

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Durante a gestação de seu filho, o norte-americano Bennett Kaspar-Williams, homem trans de Los Angeles, disse ter sido chamado de “mãe” mesmo apresentando identidade masculina. Ele destacou que, apesar da barba e do peito removido, enfrentou insistência de enfermeiras em tratá-lo no feminino.

Bennett descobriu que era trans em 2011, mas iniciou a transição três anos depois. Em 2017 conheceu Malik, com quem se casou em 2019. O casal decidiu ter filhos e, como Bennett já havia realizado a cirurgia de retirada dos seios, mas não da genitália, optou por interromper o tratamento hormonal com testosterona para tentar engravidar.

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“Eu não tive disforia sobre certas partes do corpo e ainda não tenho. Mas eu nunca poderia ter previsto o alívio que seria descobrir que eles haviam partido. Tirou um peso enorme dos meus ombros. Esse é o fim do caminho cirúrgico quando se trata da minha transição. A cirurgia da metade inferior está fora de questão. Não tenho disforia com essa parte do meu corpo”, explicou.

A gravidez aconteceu em março de 2020, pouco antes do início da pandemia de Covid-19. “Estávamos tentando há pouco tempo, então esperávamos que o processo demorasse mais do que demorou. Isso foi cerca de uma semana antes de entrarmos em confinamento, em março de 2020, então meu bom humor foi rapidamente substituído pela ansiedade em torno da pandemia e como eu manteria a mim e meu bebê seguros”, lembrou.

O filho, Hudson, nasceu em outubro do mesmo ano por cesariana. Foi no hospital, segundo Bennett, que ele viveu os momentos mais desconfortáveis relacionados à sua identidade. “A única coisa que me deixou disfórico em relação à minha gravidez foi a falta de gênero que aconteceu comigo quando eu estava recebendo cuidados médicos para a minha gravidez”, afirmou.

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Ele ressaltou que todo o sistema de saúde tratava a experiência da gestação como sinônimo de maternidade, sem considerar outras realidades. “O negócio da gravidez — e sim, eu digo negócio, porque toda a instituição de assistência à gravidez na América é centrada em vender este conceito de ‘maternidade’ — está tão entrelaçado com o gênero que era difícil escapar de ser maltratado. Mesmo com uma barba cheia, um peito achatado e um marcador de gênero ‘masculino’ em todas as minhas identificações, as pessoas não podiam deixar de me chamar de ‘mãe’ ou ‘senhora'”, disse.

Apesar disso, Bennett afirma que gerar o próprio filho foi um dos maiores desafios e também a maior prova de força de sua vida. “Nada sobre estar grávido parecia ‘feminino’ para mim. Na verdade, acho que carregar uma criança, isolado devido à pandemia, e enfrentar todos os hospitais e consultas sozinho foi a coisa mais difícil e corajosa que já fiz. Nada parece mais forte do que ser capaz de dizer que sou um pai que gerou o próprio filho”, concluiu.

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