O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (26/9) que está trabalhando em uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, com foco na libertação completa dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas. A declaração foi feita antes de Trump embarcar para o torneio de golfe Ryder Cup, e ocorre após o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU.
Segundo Trump, o acordo em negociação tem potencial para encerrar o conflito e garantir a paz na região. “Será um acordo que trará os reféns de volta. Será um acordo que acabará com a guerra. Será a paz”, afirmou o presidente norte-americano, reforçando que não aceitará a libertação parcial dos reféns: “Nós queremos todos”.
Durante seu discurso na ONU, Trump relembrou o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de civis e no sequestro de israelenses. O presidente destacou que a libertação dos reféns é uma condição essencial para qualquer cessar-fogo, posição também defendida por Netanyahu.
O premiê israelense discursou para um plenário quase vazio, já que diversas delegações, incluindo a do Brasil, deixaram o local em protesto. Netanyahu acusou o Hamas de agravar a crise humanitária em Gaza ao desviar suprimentos enviados por Israel e se opôs ao reconhecimento do Estado Palestino, alegando que isso fortaleceria o grupo extremista.
A ofensiva do Hamas, segundo o grupo, foi uma resposta à “judaização” da região e a restrições religiosas impostas aos palestinos. Em reação, Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, interrompendo o fornecimento de suprimentos essenciais.
A comunidade internacional se dividiu diante do conflito. Enquanto os Estados Unidos mantêm apoio firme a Israel, outras nações têm pressionado por um cessar-fogo imediato e pelo reconhecimento do Estado Palestino como forma de buscar uma solução duradoura para a região.