O papa Leão XIV declarou apoio ao plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em parceria com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificando a proposta como “realista”. O líder da Igreja Católica apelou por um cessar-fogo imediato na região e demonstrou solidariedade ao povo palestino, que, segundo ele, vive em “condições inaceitáveis”.
Durante uma conversa com jornalistas nesta terça-feira (30/9), antes de deixar a cidade onde se encontrava rumo ao Vaticano, o pontífice expressou sua expectativa de que o grupo Hamas aceite os termos do acordo dentro do prazo estipulado. “Esperamos que eles aceitem. Até agora parece uma proposta realista. Esperamos que o Hamas aceite no prazo estabelecido”, afirmou.
O papa também destacou aspectos positivos do plano, especialmente os que envolvem a libertação de reféns israelenses como parte de um cessar-fogo. O acordo contém 20 pontos e tem como objetivo transformar a Faixa de Gaza em uma zona livre do terrorismo.
Se ambas as partes aceitarem os termos, as Forças de Defesa de Israel poderão se retirar do território, abrindo caminho para negociações sobre a libertação dos reféns. Ainda durante sua fala, o pontífice ressaltou a gravidade da crise humanitária em Gaza e comentou sobre a flotilha que se aproxima da região com o intuito de entregar suprimentos essenciais à população local.
“Nota-se o desejo de responder a uma verdadeira emergência humanitária”, declarou o papa, acrescentando que espera que a chegada da ajuda ocorra de forma pacífica e com respeito às pessoas envolvidas.
No início do mês, em 4 de setembro, o papa Leão XIV já havia se encontrado com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Na ocasião, discutiram a situação política no Oriente Médio e o pontífice reforçou a necessidade de um cessar-fogo imediato e da liberação da entrada de ajuda humanitária em Gaza.