Durante uma entrevista ao jornal Republica USA, o congressista norte-americano Mario Diaz-Balart, integrante do subcomitê de Defesa, afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, corre o risco de ser morto da mesma forma que o general iraniano Qassem Soleimani. Segundo o parlamentar, essa possibilidade surgiu em meio à intensificação da pressão dos Estados Unidos no Caribe, sob o pretexto de combater cartéis de drogas, como o Los Soles, supostamente liderado por Maduro.
Diaz-Balart apontou três caminhos possíveis para o líder venezuelano: um deles seria deixar o país. Caso contrário, advertiu, Maduro poderia enfrentar uma ação semelhante à que resultou na morte de Soleimani em 2020, no Iraque. Na ocasião, o militar iraniano foi eliminado por dois mísseis lançados por um drone MQ-9, em uma operação ordenada diretamente pelo presidente Donald Trump.
“O terceiro caminho [para Maduro], acredito, é o de Soleimani”, declarou o deputado. “Soleimani era parte do governo iraniano, das Forças Armadas e também um terrorista. Ele circulava livremente até que o presidente Trump assumiu e disse: ‘Basta’. E então tiveram que recolher Soleimani em pedaços, certo?”, completou.
Além disso, Diaz-Balart sugeriu que Maduro poderia ser capturado por forças militares dos EUA, como ocorreu com Manuel Noriega, ex-líder do Panamá. Em 1989, tropas norte-americanas invadiram o país, prenderam Noriega sob acusações de tráfico de drogas e extorsão, e o extraditaram. Ele passou o restante da vida na prisão, falecendo em 2017.
A gestão de Donald Trump tem intensificado ações militares na região do Caribe, onde há presença de navios de guerra e aviões de combate. Após classificar o cartel de Los Soles como organização terrorista, o governo norte-americano passou a usar a guerra ao terrorismo como justificativa para operações em outros países.
Trump afirmou que pelo menos quatro embarcações vindas da Venezuela, supostamente transportando drogas, foram interceptadas no Caribe desde o início de setembro. Apesar de declarar que não tem intenção de derrubar o governo venezuelano, há receios de que a luta contra o narcotráfico sirva como pretexto para uma intervenção no país vizinho.