O Palácio de Buckingham confirmou nesta sexta-feira que o Príncipe Andrew não detém mais o título de Duque de York. A decisão foi tomada pelo Rei Charles como forma de proteger a imagem da monarquia diante dos escândalos envolvendo seu irmão mais novo. Embora Andrew continue sendo príncipe por direito de nascimento, ele não participará mais de compromissos oficiais da família real, perderá o tratamento de “Sua Alteza Real” e estará ausente das celebrações formais, incluindo o tradicional Natal em Sandringham.
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Em comunicado, Andrew declarou que, após conversas com o rei e familiares próximos, decidiu manter sua postura de afastamento de funções públicas, adotada há cinco anos. Segundo ele, as acusações constantes tornaram-se um obstáculo para os deveres da Coroa, e sua prioridade é preservar a estabilidade da família e do país.
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O estopim para a decisão foi a publicação póstuma das memórias de Virginia Giuffre, vítima de Jeffrey Epstein, que relatou ter sido forçada a manter relações com Andrew aos 17 anos. Giuffre, que se suicidou em abril de 2025, descreveu o príncipe como alguém que via o abuso como um “direito de nascença”. Em 2022, ela havia feito um acordo extrajudicial milionário com Andrew, sem que o valor fosse oficialmente divulgado — a imprensa estimou € 14 milhões, parte vinda dos bens pessoais da Rainha Elizabeth II.
Desde a polêmica entrevista à BBC em 2019, na qual tentou justificar sua ligação com Epstein, Andrew já havia sido afastado das funções reais. Embora tenha dito que rompeu com o americano após fotos em 2020, e-mails posteriores mostraram que o contato continuou.
Além disso, surgiram suspeitas de envolvimento do príncipe com Yang Tengbo, empresário acusado de espionagem para a China. Registros em seu celular indicavam acesso privilegiado a eventos reais, graças à sua relação com Andrew.
Sarah Ferguson, ex-esposa do príncipe, também foi envolvida nos escândalos, especialmente após a revelação de um e-mail enviado a Epstein em 2011. Apesar disso, o Rei Charles permitiu que suas filhas Beatrice e Eugenie mantivessem seus títulos de princesa e continuassem vivendo no entorno do Castelo de Windsor.