Mary Sickler, de 22 anos, causou forte comoção durante a fase preliminar do concurso Miss EUA, realizado em Reno, Nevada, ao remover sua peruca no meio da passarela. A jovem, que convive com alopecia — condição que causa queda de cabelo e pelos —, protagonizou um momento marcante de empoderamento ao desfilar ao lado da Miss New Hampshire, Mona Lesa Brackett, que usava hijab.
Diagnosticada com alopecia no início de dezembro de 2024, Mary começou a notar a perda de cabelo em regiões específicas do couro cabeludo. Os médicos suspeitaram inicialmente de alopecia areata, mas a condição evoluiu, afetando também cílios e sobrancelhas. Em entrevista à revista People, ela relatou não se reconhecer mais ao se olhar no espelho, sentimento que abalou profundamente sua autoestima.
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Desde os 10 anos envolvida em concursos de beleza, a trajetória de Mary foi interrompida pelo impacto emocional da alopecia. No entanto, ela decidiu retomar a carreira e, em maio deste ano, conquistou o segundo lugar no Miss Texas USA. Em seguida, venceu o Miss Nevada USA, o que garantiu sua vaga na competição nacional.
Um mês antes do Miss EUA, Mary compartilhou vídeos nas redes sociais revelando sua condição, tornando-se a primeira candidata diagnosticada publicamente com alopecia a disputar o título. O gesto foi amplamente elogiado por sua coragem e autenticidade.
Durante o desfile, ao retirar a peruca, Mary foi ovacionada pelo público. A cena viralizou nas redes sociais, sendo considerada um símbolo de aceitação e força. “Demorei muito tempo para me achar bonita de novo. Quando você se enxerga assim, outros também conseguem”, afirmou.
A participação de Mary no Miss EUA representa mais do que uma disputa por coroa: é um marco na visibilidade de pessoas com alopecia em espaços de destaque, incentivando a autoaceitação e quebrando padrões estéticos tradicionais.