A britânica Lisa Wootten, de 37 anos, moradora de Essex, foi diagnosticada com um tumor cerebral poucos dias depois de dar à luz seu primeiro filho, Noah, concebido por fertilização in vitro. O caso foi revelado pela própria mãe em um relato ao Brain Tumor Research, em que ela descreveu como meses de convulsões foram atribuídos a problemas nos nervos até que exames apontaram a verdadeira causa.
Wootten contou que sempre sonhou em ser mãe e decidiu realizar o sonho por conta própria após se separar do marido. Para preparar o corpo para a gestação, passou a praticar exercícios e afirmou estar “na melhor forma de sua vida” quando engravidou.
No entanto, os primeiros sintomas começaram ainda antes da gravidez. Em janeiro de 2023, ela sentiu o lado esquerdo do corpo tremer e chegou a ser levada ao hospital, mas os exames descartaram um acidente vascular cerebral. Os médicos afirmaram que o episódio se tratava de uma infecção renal.
Com o passar dos meses, as crises se tornaram frequentes. “Meu corpo não estava bem e eu sabia disso”, escreveu. Em determinado momento, ela passou a ter convulsões mensais que duravam até dois minutos, mas foi informada que o problema estaria relacionado a “questões nos nervos” e que teria de “conviver com isso”.
Em fevereiro de 2024, Lisa iniciou um novo ciclo de fertilização in vitro e engravidou. A gestação seguia normalmente até a 38ª semana, quando ela teve uma convulsão de 35 minutos. “Acordei no hospital sem saber o que havia acontecido. Os médicos disseram que eu tinha tido uma crise tônico-clônica”, contou.
Os profissionais realizaram uma cesariana de emergência, e o bebê nasceu duas semanas antes do previsto: “O momento em que colocaram meu lindo e saudável bebê no meu peito foi o mais surreal da minha vida. Era algo com que eu sonhava há tanto tempo, mas aconteceu de forma caótica e inesperada”.
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As convulsões continuaram após o parto, e novos exames revelaram um tumor de 5 centímetros comprimindo o cérebro. “Permaneci positiva, achando que iriam apenas retirar e tudo voltaria ao normal”, escreveu.
Ela ficou internada por quase três semanas e passou por cirurgia em dezembro. O tumor foi identificado como um meningioma, que se desenvolve nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “O médico me disse que, se fosse para ter um tumor cerebral, esse era o melhor tipo em termos de tratamento”, relatou.
Mesmo após a operação, parte do tumor permaneceu: “Ainda vivo com cerca de 5% da massa. Seu tamanho pressionou meu cérebro e me deixou com epilepsia. Isso significa que vou tomar medicamentos anticonvulsivos pelo resto da vida”.
Atualmente, ela compartilha sua rotina nas redes sociais e participa de campanhas de arrecadação para o Brain Tumor Research, que ajuda a financiar estudos sobre tumores cerebrais. “Sou grata todos os dias por meu pequeno e lindo menino estar seguro e saudável. Ter o Noah me manteve firme emocionalmente, porque quero estar presente para ver todos os seus primeiros momentos e, até agora, estive. Ele deu os primeiros passos recentemente e quero viver para ver meu filho crescer”, declarou.
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