Um cachorro resgatado no interior do Missouri, nos Estados Unidos, se tornou símbolo de superação após sobreviver a uma situação extrema de violência. Lucky Charm, como foi batizado, foi encontrado com uma flecha atravessando seu pescoço e com uma bala alojada no abdômen, em estado crítico. O caso reacendeu discussões sobre os perigos enfrentados por animais em situação de rua e os crescentes episódios de crueldade contra eles.
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O animal foi descoberto em East Prairie, uma cidade pequena do Missouri. A flecha estava próxima à traqueia, e havia indícios de que ele poderia ter sido alvo de uma tentativa de caça. O resgate foi feito pela organização Stray Rescue of St. Louis, que atua em casos de maus-tratos. O estado em que Lucky foi encontrado causou comoção entre os voluntários.
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Levado a um hospital veterinário, Lucky Charm passou por uma cirurgia de emergência para retirada da flecha, que perfurou sua traqueia e estava próxima da coluna. A operação, que também removeu a bala do abdômen, durou cerca de quatro horas e foi considerada arriscada. Felizmente, o cão não sofreu danos neurológicos e respondeu bem ao tratamento.
Após uma semana, Lucky foi acolhido por uma família temporária, onde recebeu cuidados especiais, como alimentação pastosa e restrição ao uso de coleiras. Sua recuperação surpreendeu os veterinários, e seu comportamento doce e tranquilo conquistou a todos. O nome “Lucky Charm”, que significa “amuleto da sorte”, foi escolhido em homenagem à sua impressionante resistência.
Rebecca, a tutora que inicialmente o acolheu, decidiu adotá-lo em definitivo. Segundo ela, o cachorro se tornou parte da família e hoje vive rodeado de carinho, brinquedos e muitos cochilos. A história de Lucky emocionou nas redes sociais e gerou indignação com a crueldade sofrida por ele.
No Missouri, esse tipo de agressão é classificado como contravenção de Classe A, com pena de até um ano de prisão e multa de até US$ 2 mil. No entanto, muitos casos semelhantes sequer são investigados. No Brasil, as penas variam conforme a espécie, podendo chegar a cinco anos de prisão em casos envolvendo cães e gatos.

