Em outubro de 1984, um marco histórico na medicina foi alcançado quando uma equipe de cirurgiões da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, realizou um transplante de coração de um babuíno em uma bebê humana de apenas um mês de vida, conhecida como Baby Fae. A criança, que sofria de uma grave malformação cardíaca chamada síndrome do coração esquerdo hipoplásico, não tinha outra opção viável de tratamento na época.
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A cirurgia, conduzida pelo Dr. Leonard Bailey, foi a primeira tentativa bem-sucedida de xenotransplante — o uso de órgãos de animais em humanos — em um recém-nascido. Embora a pequena paciente tenha sobrevivido por apenas 21 dias após o procedimento, o caso abriu caminho para avanços significativos na medicina de transplantes e provocou debates éticos intensos.
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A escolha de um coração de babuíno gerou críticas de defensores dos direitos dos animais e especialistas em ética médica, que questionaram tanto o uso de animais em procedimentos humanos quanto a autorização materna para a cirurgia experimental. Ainda assim, a iniciativa foi vista por muitos como um esforço desesperado, porém inovador, para salvar uma vida que, de outra forma, seria perdida.
O caso de Baby Fae também destacou os desafios da rejeição imunológica, já que seu corpo acabou rejeitando o órgão transplantado. A experiência contribuiu para o desenvolvimento de melhores técnicas de compatibilidade e imunossupressão em transplantes posteriores.
Apesar da curta vida da paciente, o procedimento inspirou novos estudos e, anos depois, a equipe do Dr. Bailey conseguiu realizar transplantes cardíacos bem-sucedidos em bebês usando corações humanos doados. O caso ainda é lembrado como um divisor de águas na história da medicina moderna.

