
Eduardo Bolsonaro critica diplomacia brasileira e aponta pressões internas dos EUA como motivo para redução de tarifas. (Foto: Instagram)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou nesta sexta-feira (21/11) a decisão do governo dos Estados Unidos de reduzir parte das tarifas aplicadas ao Brasil. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que a medida não deve ser vista como resultado de esforços diplomáticos por parte do governo brasileiro, mas sim como uma resposta a pressões internas enfrentadas pela administração do presidente Donald Trump.
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Segundo o parlamentar, embora a retirada das tarifas seja positiva, ela não representa uma vitória da diplomacia nacional. Eduardo destacou que as sobretaxas haviam sido justificadas por Trump com base em ações do ministro Alexandre de Moraes, no contexto do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
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Para ele, a redução das tarifas foi motivada principalmente pela inflação nos Estados Unidos, que pressionou o governo Trump a eliminar encargos sobre produtos muito consumidos pelos americanos, como carne, frutas e fertilizantes. Eduardo também mencionou pressões do movimento Make America Great Again (MAGA) e do Senado norte-americano como fatores decisivos.
A decisão da Casa Branca zerou a tarifa adicional de 40% sobre uma série de produtos brasileiros, como carne bovina, cacau, café, frutas, vegetais, nozes e fertilizantes. A medida se aplica às mercadorias que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro, e os importadores poderão solicitar o reembolso das taxas já pagas.
Apesar da flexibilização, o estado de emergência comercial e parte das sobretaxas continuam válidos. Eduardo Bolsonaro acredita que a relação entre os dois países ainda terá novos capítulos, especialmente em função das tensões políticas envolvendo o Brasil.
A medida representa um recuo parcial do pacote de tarifas anunciado em julho por Trump, que havia sido interpretado como uma retaliação às decisões do Supremo Tribunal Federal brasileiro. À época, o presidente americano chegou a ameaçar ampliar ainda mais as tarifas.
Exportadores brasileiros consideraram a decisão um alívio, mas seguem atentos às próximas movimentações em Washington, aguardando um possível fim definitivo das sobretaxas restantes.

