
Câncer de fígado: desafios e prevenção (Foto: Instagram)
Um relatório publicado pela Lancet Commission revela que aproximadamente 60% dos casos de carcinoma hepatocelular, o tipo mais comum de câncer de fígado, poderiam ser prevenidos por meio do controle de fatores de risco como obesidade, infecções pelos vírus das hepatites B e C e o consumo elevado de bebidas alcoólicas. A doença já é a terceira maior causa de morte por câncer no mundo e, segundo projeções, o número de novos diagnósticos deve quase dobrar até 2050, passando de 870 mil para cerca de 1,5 milhão por ano.
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Diante desse cenário alarmante, o relatório propõe uma série de ações globais para conter o avanço da doença. Entre as medidas sugeridas estão o reforço de campanhas educativas sobre os riscos, ampliação da vacinação contra hepatite B, diagnóstico precoce das hepatites virais e a melhoria no acesso a tratamentos eficazes.
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As principais causas do câncer de fígado incluem hepatites B e C, uso excessivo de álcool e esteatose hepática, que é o acúmulo de gordura no órgão. Historicamente, a maioria dos casos era associada à hepatite C e à cirrose alcoólica, mas avanços como a testagem de sangue em transfusões e terapias eficazes no SUS reduziram essas ocorrências. Por outro lado, os casos ligados à esteatose hepática têm aumentado, impulsionados pela obesidade e pelo estilo de vida moderno.
O câncer de fígado costuma surgir de forma silenciosa, geralmente em pessoas com doenças hepáticas crônicas. Por isso, a prevenção é essencial e inclui vacinação, tratamento de hepatites e hábitos saudáveis. O diagnóstico precoce é desafiador, mas essencial, e deve ser buscado especialmente por quem tem cirrose ou hepatite B.
Exames como ultrassonografia e análises de sangue podem ajudar a detectar alterações precoces. Quando identificado no início, o tumor pode ser tratado com sucesso por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou até transplante. Contudo, muitos pacientes já apresentam cirrose avançada, o que limita as opções terapêuticas. Nesses casos, o transplante hepático pode ser a única alternativa com potencial curativo.

