
Jair Bolsonaro é o quarto ex-presidente brasileiro preso desde a redemocratização. (Foto: Instagram)
Desde o retorno da democracia em 1985, quatro ex-presidentes brasileiros foram presos. O mais recente é Jair Bolsonaro (PL), que teve sua prisão domiciliar convertida para regime fechado neste sábado (22/11), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado no Inquérito nº 4.995, por suposta tentativa de obstrução da Justiça no caso da tentativa de golpe de Estado, e foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
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Antes de Bolsonaro, outros três ex-presidentes foram detidos. O primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em abril de 2018, após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP), apontado como propina da OAS em troca de favorecimentos na Petrobras. Lula ficou 580 dias preso em Curitiba e foi solto após decisão do STF que estabeleceu a necessidade de trânsito em julgado para início da pena.
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O segundo foi Michel Temer (MDB), detido preventivamente em março de 2019, durante a Operação Descontaminação, um desdobramento da Lava Jato. A investigação apontava seu envolvimento em crimes ligados à construção da usina nuclear Angra 3, com base em delações que o acusavam de ter conhecimento de propinas no valor de R$ 1,1 milhão. Temer passou quatro dias preso até ser liberado por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Já Fernando Collor foi o terceiro. Ele foi preso em abril deste ano, em Maceió, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquema envolvendo a BR Distribuidora, recebeu pena de 8 anos e 10 meses. Posteriormente, o STF autorizou que ele cumprisse a pena em casa, devido a problemas de saúde como Parkinson e transtorno bipolar.
O caso de Bolsonaro é o mais recente e também o mais grave em termos de pena. Além da condenação, o STF ainda definirá em qual unidade prisional ele começará a cumprir sua pena. O inquérito inclui seu filho Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo como investigados.

