Jair Bolsonaro, do PL, foi detido preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (22/11), em Brasília. A ordem de prisão foi emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da própria PF. A corporação justificou a medida com base no risco de fuga do ex-presidente, especialmente durante uma manifestação organizada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, em frente ao condomínio onde o pai reside.
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A prisão foi confirmada por Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, e pelo advogado Celso Villardi, que representa Bolsonaro no processo relacionado à tentativa de golpe. Segundo Rodrigues, o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência Regional da PF, localizada no Setor Policial Sul, na capital federal.
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De acordo com o despacho de Moraes, Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica às 0h08 do mesmo dia, conforme indicado pelo sistema de monitoramento do Distrito Federal. O ministro afirmou que a tentativa de danificar o equipamento mostrou uma clara intenção de fugir, favorecida pela confusão gerada pelo protesto convocado por Flávio Bolsonaro.
No mandado, Moraes determinou que a prisão fosse realizada sem o uso de algemas e sem exposição midiática, ressaltando a importância de preservar a dignidade do ex-presidente durante a ação. A PF teve autonomia para decidir sobre o uso de uniforme e armamento, desde que respeitadas essas diretrizes.
Até então, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde agosto, por outro processo que não está relacionado ao inquérito sobre tentativa de golpe. A nova prisão preventiva, no entanto, está diretamente ligada a essa investigação em curso.
A operação reforça o cerco judicial ao ex-presidente, que continua sendo uma das figuras centrais nas apurações sobre atos antidemocráticos. A decisão de Moraes indica que o STF está atento a qualquer tentativa de obstrução da Justiça por parte dos investigados.

