Alexandre de Moraes decreta prisão preventiva de Bolsonaro por risco de fuga (Foto: Instagram)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), citando um alto risco de fuga do ex-presidente. A decisão destaca a proximidade da Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 13 km da residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, como uma possível rota de evasão. O magistrado também mencionou planos anteriores do político de solicitar asilo à Argentina.
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Segundo Moraes, Bolsonaro já havia articulado um pedido de asilo político à Argentina durante as investigações que resultaram em sua condenação por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Essa tentativa de fuga, somada a outros indícios, levou à sua inclusão formal como réu pela Polícia Federal.
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O ministro ainda apontou uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, registrada às 0h08 deste sábado. O equipamento foi imposto como medida cautelar desde julho, juntamente com a proibição de se aproximar de embaixadas ou manter contato com representantes estrangeiros.
A Polícia Federal também alertou sobre a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro nas imediações do condomínio, o que poderia gerar tumulto e facilitar uma eventual fuga. A PF ressaltou que o movimento poderia ser usado para desviar a atenção das autoridades e permitir que Bolsonaro alcançasse alguma sede diplomática nas proximidades.
Além disso, a PF relembrou que Bolsonaro já havia se abrigado em embaixadas anteriormente, como na da Hungria, em fevereiro do ano passado, logo após ter seu passaporte apreendido. Também foi identificado um plano anterior de fuga, denominado RAFE-LAFE, que usaria táticas militares.
A prisão preventiva não está diretamente relacionada à condenação no processo da tentativa de golpe, que ainda não transitou em julgado. Bolsonaro foi conduzido à sede da Polícia Federal no Distrito Federal, onde participará de audiência de custódia neste domingo (23). O STF também realizará uma sessão extraordinária na segunda-feira (24) para referendar a decisão de Moraes.
