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Banca de jornal que existe há 30 anos terá que mudar de lugar por causa de obra no centro de SP

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Deneval Santana em sua tradicional banca na Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo. (Foto: Instagram)

Há três décadas, o jornaleiro Deneval Santana mantém sua banca na Praça Ramos de Azevedo, bem em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo. Aos 70 anos, ele começa o dia limpando a calçada com desinfetante, rotina que acompanha o movimento de trabalhadores, turistas e pessoas em situação de rua. “Minha banca é pequena, mas é igual coração de mãe”, diz, orgulhoso do espaço onde já foi cumprimentado até pelo prefeito Ricardo Nunes.

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No entanto, essa longa história está prestes a mudar. A Prefeitura de São Paulo notificou Deneval sobre a necessidade de desocupar o local, devido a uma grande obra prevista para o Viaduto do Chá, a Praça do Patriarca e a própria Praça Ramos de Azevedo. Segundo o projeto, sua banca será transferida para uma rua atrás do Theatro Municipal, onde será instalada uma base da Guarda Civil Municipal (GCM).

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Deneval se mostra inconformado com a decisão. Ele lembra que, quando assumiu o ponto, o local estava abandonado e sujo. “Eu sempre cuidei daqui. Agora querem me tirar assim?”, questiona. Ao longo dos anos, ele presenciou diversas transformações na região, como o fechamento da loja Mappin e as obras do Vale do Anhangabaú, mas sua banca permaneceu firme.

Ele tenta mobilizar os contatos que fez ao longo dos anos para levar sua insatisfação até a prefeitura, que fica próxima dali. Enquanto conversa com a reportagem, é interrompido por uma jovem em busca de um bar na região e por turistas interessados em lembranças da cidade. “A banca é um ponto de informação. Precisa ser valorizada”, afirma.

A mudança preocupa também outros jornaleiros. Thaís Augusta, que trabalha há 14 anos na banca ao lado, teme perder os clientes: “Todo mundo já conhece a gente aqui. Mudar quebra o negócio”. Julio Cesar, que atua na rua para onde as bancas devem ser transferidas, diz que o espaço é limitado, mas está disposto a acolher os colegas.

A reforma, estimada em R$ 70 milhões, ainda não tem data definida para começar, mas a previsão é que as obras se iniciem no primeiro semestre do próximo ano. O edital de licitação deve ser divulgado em breve.

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