
Exigência do Banco Central desafia corretoras de criptomoedas a comprovarem reservas. (Foto: Instagram)
Uma nova diretriz do Banco Central (BC) exigindo que corretoras de criptomoedas comprovem suas reservas pegou muitas dessas empresas desprevenidas. A medida, que visa aumentar a transparência do setor, determina que as companhias precisam demonstrar que realmente possuem os ativos digitais que afirmam manter em nome de seus clientes.
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Segundo o próprio BC, o objetivo é garantir que as prestadoras de serviços ligados a ativos virtuais sejam capazes de provar a existência dos recursos que declaram. A norma deverá ser integralmente cumprida até fevereiro de 2026, dando um prazo para que o mercado se adeque às novas exigências.
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No entanto, até o momento, apenas um número muito pequeno de corretoras conseguiu atender à nova exigência. Segundo fontes do setor, menos de seis empresas já comprovaram efetivamente suas reservas, o que evidencia o desafio de adaptação enfrentado por grande parte do mercado.
A nova regra não se aplica apenas às corretoras tradicionais, mas também alcança outras instituições que operam com ativos digitais, como fintechs. Isso amplia o alcance da regulação e reforça a intenção do BC de trazer mais segurança e estabilidade para o ecossistema de criptomoedas no Brasil.
A exigência surge em um momento de maior atenção global sobre o setor de criptoativos, que tem enfrentado desafios relacionados à confiança e à proteção dos investidores. Com a medida, o Banco Central busca evitar riscos sistêmicos e aumentar a credibilidade das empresas que atuam nesse segmento.
Especialistas apontam que, apesar de a regra parecer simples, sua implementação pode ser complexa, especialmente para empresas que ainda não possuem sistemas de auditoria robustos. A expectativa é que a nova norma provoque uma reestruturação significativa no setor, forçando as empresas a adotarem práticas mais transparentes.
A movimentação do BC é vista por analistas como um passo importante rumo à regulação efetiva do mercado de ativos virtuais no país, alinhando o Brasil às tendências internacionais de supervisão financeira.

