Os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram detidos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e levados para salas especiais no Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília. Ambos foram ministros durante o governo de Jair Bolsonaro e agora cumprem pena após condenação no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado.
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O Exército Brasileiro informou que os dois generais estão em acomodações semelhantes àquela onde Jair Bolsonaro está preso, na Superintendência da Polícia Federal, também na capital federal. As salas ficam no mesmo andar e contam com estrutura individualizada.
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Cada espaço possui cama de solteiro, banheiro próprio, escrivaninha, TV com canais abertos, frigobar e ar-condicionado. A medida foi tomada após entendimento entre o STF e o comando do Exército, visando a segurança e a logística da prisão dos ex-ministros.
A detenção de Heleno e Paulo Sérgio ocorreu na tarde da terça-feira, 25 de novembro. A operação foi conduzida por dois generais da ativa do Exército: Francisco Humberto Montenegro Júnior, chefe do Estado-Maior, e Luiz Fernando Estorilho Baganha, responsável pelo Departamento-Geral do Pessoal da Força.
Diferentemente de outros condenados no mesmo processo, a prisão dos generais contou com atuação direta de oficiais de alta patente. Eles foram até as residências dos acusados, em Brasília, para efetuar a condução sob custódia.
A decisão de Moraes marca um novo capítulo no desenrolar das investigações sobre a tentativa de golpe. A participação de militares de alto escalão no cumprimento da ordem judicial demonstra a gravidade do caso e o envolvimento de figuras-chave do antigo governo.

